Feira de Santana

Demissão e cassação de aposentadoria: Inspetores da PRF alegam que foram injustiçados

Os decretos foram publicados no Diário Oficial da União no dia 9 de outubro

Daniela Cardoso
 
O ex-secretário municipal de Prevenção à Violência e Promoção aos Direitos Humanos, Mizael Freitas de Santana, teve a aposentadoria cassada do cargo de Policial Rodoviário Federal. No mesmo dia foi publicada a portaria nº N 3.212, que demite Antonio Carlos Ruvenal Farias, conhecido como Inspetor Farias, que sempre ocupou cargos de destaques dentro da Instituição e, ultimamente, vinha coordenando um grupo que combatia o transporte clandestino interestadual. Os decretos foram publicados no Diário Oficial da União no dia 9 de outubro.
 
Na manhã deste sábado (19) os inspetores estiveram no programa Acorda Cidade, onde se defenderam e afirmaram que foram injustiçados. O inspetor Antonio Carlos Farias garantiu que não existe nenhum tipo de situação que envolva corrupção ou dilapidação do patrimônio público. Ele disse que ocorreu uma situação interna por vaidade entre colegas, que resultou na sua demissão. 
 
“Estou aqui para prestar esclarecimentos à sociedade de Feira. Fomos pegos de surpresa. Existia um procedimento administrativo, que já tinha tido um desfecho. Posteriormente, fizeram um agravamento e existem situações que a gente não pode entrar no mérito, em razão da própria defesa. Eu tinha um estagiário que trabalhava comigo e existiam procedimentos que eram feitos por colegas e por esse estagiário. Eles me apresentavam os procedimentos e eu convalidava, então teve erros procedimentais, que se fossem realmente para nós sermos punidos, no máximo receberíamos uma advertência”, disse.
 
Farias afirmou ainda que espera a correção da situação, que ele definiu como ‘injustiça’. “Eu tenho certeza que quando as autoridades julgadoras tomar conhecimento dos fatos, vai rever essa situação”, declarou, acrescentando que a demissão não tem conotação política. “Eu tenho bom relacionamento com parlamentares de todos os partidos”, ressaltou. 
 
Mizael Freitas também disse que a cassação da sua aposentadoria foi injusta e trouxe aspectos negativos para sua vida. “Nós fomos responsabilizamos, pois assinamos certificados autorizando o credenciamento de um trabalho feito por uma comissão que a ela era conferida a competência e a responsabilidade. Mesmo tendo assinado esses certificados, para a gente, daria no máximo, uma advertência. Eu estou frustrado, decepcionado, mas acredito que esse erro será revisto”, afirmou.