Feira de Santana

Defesa Civil isola prédio ameaçado de desabar no centro de Feira de Santana

Cerca de 60 ambulantes que trabalham próximo ao local, serão realocados.

Daniela Cardoso e Ney Silva

O prédio do edifício Sarkis, localizado na Praça da Bandeira, esquina com o calçadão da Rua Sales Barbosa, foi interditado e será isolado pela Defesa Civil de Feira de Santana, devido a possibilidade de desabamento. Avaliações feitas por engenheiros, mesmo sem um laudo conclusivo, indicam riscos.

Um vazamento antigo de água na lateral do prédio pode ser a causa do abalo da estrutura. O vendedor ambulante Alexsandro Farias acredita nessa possibilidade. Ele está se preparando para deixar o local junto com cerca de 60 ambulantes.

“A gente vai ter que sair e vamos ver com o secretário onde seremos colocados. Não podemos ficar aqui correndo risco de vida. Com certeza esse vazamento, que já vem de anos, pode ter influenciado. Eles já vieram, já corrigiram e voltou a danificar no mesmo local. Há uns três meses a água estava aparecendo aqui. Comunicaram a Embasa, que veio, fez o serviço, mas depois se agravou novamente”, relatou.

O diretor da Associação dos Vendedores Ambulantes, Robson Leite, informou ao Acorda Cidade que está aguardando o secretário de Trabalho, Turismo e Desenvolvimento Ecônomico, Antônio Carlos Borges Júnior, para definir o local onde os ambulantes vão ficar.

“Essa área vai ser interditada e não vai ter possibilidade do camelô ficar durante esse período. A gente vai ter que ver um local próximo para que os ambulantes continuem trabalhando. Eles têm seus compromissos e tem que continuar suas vendas. Mas temos que pensar na segurança de todos”, frisou.

Além da Defesa Civil estão trabalhando nessa verificação, engenheiros da Secretaria de Desenvolvimento Urbano, de um centro de saúde que funciona no prédio e de uma empresa contratada pela Embasa.

O superintendente regional da Embasa, Raimundo Neto, não acredita que o vazamento de água na lateral do prédio tenha causado as rachaduras nas paredes e na viga principal de estrutura do edifício. Segundo ele, ainda é cedo para ter uma conclusão.

“Toda a conclusão agora será precipitada. A gente, a priore, não vê uma ligação direta entre o vazamento e o problema no prédio. A Embasa foi acionada, já corrigiu o vazamento e contratou uma empresa especializada para emitir um laudo sobre a situação e a gente possa ter um direcionamento da situação”, afirmou.

O coordenador interino da Defesa Civil, Pedro Américo Lopes, informou que foi acionado pelo Corpo de Bombeiros na noite de sábado (17) para verificar o risco de desabamento do prédio. Ele frisou que a preocupação inicial é isolar a área, pois não há o laudo final do problema.

“A Defesa Civil foi contactada pelo o Corpo de Bombeiros por conta de uma solicitação feita por equipes das lojas ao lado da Sales Barbosa, próximo ao Mercado de Artes, relatado o risco de desabamento do imóvel. Nós mandamos uma equipe e é uma região que a gente já vem atuando há algum tempo e a gente identificou quando confrontou as informações que a gente tinha dos laudos anteriores e a ocorrência agora é que houve um aumento no tamanho das fissuras e um afundamento no terreno. Vamos fazer o isolamento e existe a sugestão da gente fazer a quebra do passeio pra identificar o que ocorreu. Existe a possibilidade de ter sido infiltração de água, mas também existe a possibilidade de ter sido uma reforma que foi feita. Então tudo isso vai ser analisado”, explicou.

Segundo Pedro Américo, esse é um dos prédios mais antigos de Feira de Santana e o município está tentando localizar o proprietário do imóvel para pegar a documentação, ver as reformas que foram feitas, se foram autorizadas pela prefeitura dentro das normas, para então, verificar toda a situação.

Desde a noite de sábado uma equipe da guarda municipal e da Superintendência Municipal de Trânsito (SMT) estão em frente ao prédio que teve a frente isolada.


 

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