Feira de Santana

Defensoria Pública realiza mutirão em Feira de Santana e atende cerca de 100 pessoas

Além do atendimento em saúde, a Defensoria já programou um novo mutirão para o dia 23 de agosto, voltado para o programa “Meu Pai Tem Nome”.

Mutirão da Defensoria Pública
Foto: Ed Santos/Acorda Cidade

A Defensoria Pública da Bahia promoveu, na manhã deste sábado (16), em Feira de Santana, o primeiro mutirão voltado para demandas de saúde e para o benefício do passe livre intermunicipal. A iniciativa buscou atender à população em questões como fornecimento de medicamentos, solicitações de cirurgias, transferências hospitalares, regulações urgentes e acesso a tratamentos médicos. Já em relação ao passe livre, o objetivo foi garantir transporte gratuito para pessoas com deficiência ou doenças crônicas que necessitam de tratamento em outras cidades.

O defensor público João Gabriel Soares de Melo, coordenador regional da instituição, explicou que a ação foi motivada pelo alto número de demandas na área da saúde.

Mutirão da Defensoria Pública
Foto: Ed Santos/Acorda Cidade

“As áreas de família e saúde são as mais procuradas na Defensoria. No final de maio realizamos um mutirão voltado para demandas de família, e agora chegou a vez da saúde e do passe livre. Nossa meta é agilizar atendimentos, sobretudo em casos de urgência, que estão diretamente ligados ao direito à vida”, destacou.

Segundo o coordenador, cerca de 50 a 100 pessoas foram atendidas apenas na manhã deste sábado.

“É um esforço coletivo. Mesmo em um sábado, que seria um dia de descanso, estamos aqui para oferecer um serviço essencial à população”, disse.

Procedimentos de atendimento

De acordo com o defensor, o primeiro contato com a Defensoria pode ser feito pelo telefone 129, que funciona como central de triagem. Nos casos urgentes, o cidadão deve comparecer presencialmente à unidade, onde a demanda é registrada e avaliada. Havendo necessidade, é instaurado um processo judicial para assegurar o direito do assistido.

Relatos de quem buscou atendimento

Entre os atendidos, esteve Eunice Barbosa dos Santos, de 67 anos, moradora do bairro Brasília. Cardiopata, ela afirma que há três anos não recebe os medicamentos necessários, apesar de já ter uma decisão judicial favorável.

Mutirão da Defensoria Pública
Foto: Ed Santos/Acorda Cidade

“Já caminhei por 13 anos para receber meus remédios e até hoje não consegui. Quando entregaram, vieram vencidos”, relatou.

Outro caso é o de Mônica Virgínia, professora que perdeu a audição do ouvido esquerdo após uma virose. Sem condições de arcar com o custo de um aparelho auditivo, que pode chegar a R$ 16 mil, ela procurou a Defensoria em busca de apoio.

Mutirão da Defensoria Pública
Foto: Ed Santos/Acorda Cidade

“Preciso do aparelho para continuar trabalhando, mas estou afastada desde junho e aguardando resposta do INSS”, explicou.

Também foi atendido um jovem com retinose pigmentar, doença genética que provoca perda progressiva da visão. Diagnosticado há 15 anos, ele contou que busca ajuda para conseguir acesso a um tratamento, já que, segundo informou, o procedimento necessário não é oferecido na Bahia.

Mutirão da Defensoria Pública
Foto: Ed Santos/Acorda Cidade

“Durante o dia consigo me locomover, mas à noite perco a visão quase por completo. Preciso desse encaminhamento para não ficar sem alternativas”, disse.

Novos mutirões

Além do atendimento em saúde, a Defensoria já programou um novo mutirão para o dia 23 de agosto, voltado para o programa “Meu Pai Tem Nome”, que promove exames de DNA e reconhecimentos espontâneos de paternidade. A ação integra a campanha anual de paternidade responsável, realizada sempre no mês de agosto.

O atendimento será feito por ordem de chegada e os interessados devem apresentar documentos de identificação e comprovante de residência. No caso dos exames de DNA, é necessária a presença dos envolvidos.

Com informações do repórter Ed Santos Acorda Cidade

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