Com apenas 23 anos, Matheus Santos da Silva, estudante do curso de Biomedicina da Unifan, vem se destacando nacionalmente ao apresentar em Brasília uma proposta inovadora voltada à saúde pública: um projeto de lei que busca transformar a forma como o Brasil lida com as doenças genéticas raras.
Movido por um profundo interesse pessoal pela área da genética, Matheus idealizou uma proposta robusta que cria um Fundo Nacional para Pesquisas sobre Doenças Raras, com foco no diagnóstico precoce, no tratamento eficaz e na inclusão social dos pacientes. A proposta também prevê incentivos fiscais de até 50% no Imposto de Renda para empresas e instituições que investirem nesse tipo de pesquisa, ampliando a participação da iniciativa privada no avanço da ciência brasileira.
Como estudante da área da saúde, Matheus passou a observar com mais atenção a escassez de políticas públicas voltadas às doenças genéticas raras, o que despertou ainda mais seu desejo de atuar na construção de soluções. Foi então que, por meio de um amigo da Universidade de Brasília, ele conheceu o Politeia — programa de formação política voltado a jovens interessados em transformar a realidade por meio de propostas legislativas. “Apesar de a maioria dos participantes cursarem Direito ou Ciências Políticas, resolvi ingressar representando o núcleo da saúde, por assim dizer”, conta.
Entre os principais pontos do projeto de lei estão:
- Exames genéticos gratuitos e ampliação do teste do pezinho, permitindo a identificação precoce de inúmeras condições;
- Criação de um registro nacional de pacientes e centros de referência no SUS;
- Capacitação de profissionais de saúde para aprimorar o atendimento às famílias;
- Aceleração da aprovação de medicamentos órfãos pela Anvisa, garantindo acesso mais ágil a tratamentos inovadores.
Atualmente, o projeto está em análise no gabinete do deputado federal Paulo Azi, que recebeu a proposta diretamente do aluno. Matheus também se colocou à disposição para ajustes no texto legislativo.
“A genética ainda carece de um olhar atencioso por parte das instituições no Brasil. E em um país com tamanha diversidade genética, é fundamental que esse tipo de trabalho especializado receba o investimento e o apoio que merece”, destaca.
A sua trajetória é também reflexo direto da formação oferecida pela UNIFAN, que alia excelência acadêmica à prática crítica e cidadã. A instituição tem como missão preparar profissionais conscientes, atualizados e comprometidos com os desafios sociais e científicos do país. O ambiente de ensino da UNIFAN estimula a autonomia intelectual dos estudantes e promove uma formação sólida, baseada na ética, na pesquisa e no impacto social.
O protagonismo de Matheus reforça a importância da universidade como espaço transformador, onde ideias ganham forma e encontram caminhos para mudar realidades. Sua iniciativa mostra como o conhecimento construído em sala de aula, aliado ao engajamento social, pode gerar impactos concretos e contribuir para a construção de políticas públicas mais justas e eficazes — valorizando vidas e promovendo saúde com equidade.
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