Dia do Assistente Social
Coordenadora do Serviço Social do HGCA ressalta expansão do mercado de trabalho
Ela considera que o assistente social é um profissional de escuta, que lida basicamente com o ser humano.
Daniela Cardoso
Um evento em comemoração ao Dia do Assistente Social, celebrado na quinta-feira (15), foi realizado nesta sexta (16) no auditório do Hospital Geral Clériston Andrade (HGCA). A coordenadora do Serviço Social da unidade médica, Miriam Caldas, ressaltou que a categoria tem muito a comemorar. Ela considera que o assistente social é um profissional de escuta, que lida basicamente com o ser humano.
“Nós escutamos, criamos o diagnóstico social daquele local, daquela situação, e depois partimos para a ação. Quando a gente ouve alguém, a aflição da pessoa se reduz a 50% e quando ouvimos até o fim, aquela dor se reduz para 5%. O ser humano é um instrumento de trabalho fantástico, pois se renova todos os dias. Com a renovação do ser humano, nós profissionais também nos renovamos, crescemos e aprendemos”, afirmou.
No âmbito profissional, Miriam afirma que atualmente o mercado de trabalho está em expansão. Ele ressalta o grande quantitativo de profissionais atuando na área e também a quantidade de pessoas buscando a profissão. “Eu já tenho 30 anos de profissão e perceber todas essas pessoas nesse frisson, nesse entusiasmo para seguir a carreira de assistente de social é muito bom. Penso que o social amplo vai receber no mercado pessoas capacitadas e isso é motivo de aplauso”, afirmou.
A coordenadora do Serviço Social do Clériston afirma que a categoria tem muito a comemorar, mas lembra que também existem muitas dificuldades. “São dificuldades inerentes a profissão. Hoje o assistente social tem por obrigação ajudar na garantia dos direitos, fazer com que a constituição federal seja respeitada, com que os cidadãos sejam vistos como cidadãos de direito. Na saúde avançamos muito. O SUS (Sistema Único de Saúde) oportunizou igualdade de saúde para as pessoas, mas nós ainda encampamos uma luta para que os governantes respeitem as 30 horas de trabalho do assistente social, que são determinadas por lei”.
Segundo Miriam, a profissão de assistente social lida com as categorias menos privilegiadas e ainda existe uma incompreensão de muitos acerca do trabalho desses profissionais. “Um assistente social vive perigosamente, é um trabalho cheio de desafios. Todos os dias nos deparamos com lutos, com pessoas tendo seus direitos violados. O médico suturar uma ferida é muito fácil, mas nós ajudarmos a suturar a alma é muito difícil”, afirmou.
As informações são do repórter Ed Santos do Acorda Cidade
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