Laiane Cruz
A falta de entendimento entre os gestores dos municípios circunvizinhos é o principal entrave à regionalização do Serviço de Atendimento Médico de Urgência (Samu) de Feira de Santana, que vem se arrastando há dois anos. A informação foi dada pela coordenadora do órgão, Maísa Macedo.
“Esse tema é complexo. O município de Feira de Santana já se posicionou em relação aos demais municípios. O Samu de Feira já está apto a iniciar essa regionalização, e está dependendo dos municípios circunvizinhos. E não aconteceu ainda por falta de entendimento entre os gestores municipais”, afirmou a coordenadora.
De acordo com Maísa, existem também 19 ambulâncias que foram distribuídas para as cidades da microrregião de Feira de Santana, que estão sem uso, desde quando foram entregues, em 1º de dezembro de 2012. A questão, segundo ela, esbarra no cofinanciamento que cada município terá que fazer para regionalizar o serviço. E essa dificuldade de entendimento é que adia o processo.
“Cada município que vai ter uma base descentralizada, ou seja, as ambulâncias do Samu lá com as equipes, essas bases vão atender quatro a cinco municípios. Então cada município teria que dar uma colaboração, um cofinanciamento para ajudar na manutenção dessas bases. E também eles terão que passar um recurso pra Feira porque a central de regulação de Feira vai atender a demanda de 28 municípios. Mas o que a gente percebe é uma dificuldade de se chegar a um consenso entre esses gestores”, explicou a coordenadora do Samu.
Ela informou ainda que na semana passada profissionais do Datasus, do Ministério da Saúde, estiveram no Samu para implantar um novo sistema de regulação. Implantamos o E-SUS, nossa sala de regulação já está toda apta para trabalhar com esse novo sistema e nossos profissionais já foram capacitados, resta agora os gestores da saúde dos municípios vizinhos entrarem em um consenso e a gente de fato operacionalizar essa regionalização.”
As informações são do repórter Ney Silva do Acorda Cidade.
