Acorda Cidade
Foi decidido em Assembleia na tarde da última terça-feira (24) que a Cooperativa do Transporte Alternativo de Feira de Santana (Coopertrafs) iria paralisar as atividades na madrugada desta quarta-feira (25), na frente da Prefeitura Municipal de Feira de Santana.
O Presidente da Cooperativa do Transporte Alternativo (Coopertrafs), José Vicente, esteve no Programa Acorda Cidade na manhã de ontem e falou sobre a situação da categoria.
Os 55 carros que fazem parte do Sistema Integrado de Transporte (SIT), estão estacionados em frente ao Paço Municipal e José Vicente afirma que, eles só sairão do local após o prefeito Tarcízio Pimenta tomar uma decisão sobre o destino da categoria.
"Nós estamos às ostras, não recebemos os vencimentos há quinze dias, um débito da ordem de 1 milhão de reais", afirmou.
Quem repassa o valor a Coopertrafs é o Sindicato das Empresas de Transporte Coletivo Urbano de Feira de Santana (Sincol), que recebe da Prefeitura Municipal de Feira de Santana. “A prefeitura diz que não tem compromisso com a gente, mas também não paga o Sincol para que a gente possa receber”, afirmou. Sendo assim, “o dinheiro está travado e o gargalo está entre a prefeitura e o Sincol”, disse José Vicente.
Sobre a situação dos cooperados, ele afirmou que “o pessoal está sem crédito devido aos atrasos salariais, os postos de gasolina já estão cobrando os vencimentos e ameaçam não abastecer mais os nossos carros”.
Os permissionários fazem a alimentação de passageiros entre os transbordos e os bairros e recebem diretamente do Sincol. O que é diferente da situação das vans que fazem linha para os distritos da cidade, que recebem o pagamento na hora, do passageiro, assim não há atrasos.
“O poder municipal tem que tomar uma decisão em relação a essa situação, pois se continuar assim, é melhor para a categoria acabar com o SIT e voltar às linhas antigas, pois já estávamos legalizados”.
Para João Vicente, é necessário criar uma câmara de compensação. Assim, o passageiro paga a passagem e o valor é rateado diariamente pelas partes interessadas, o que evitaria atrasos.
“Estamos cumprindo com o nosso acordo, agora é hora de organizar a situação. A assembleia de hoje teve o intuito de resolver essa situação. Temos a obrigação de trabalhar e o direito de receber em dia o nosso salário e ter o nosso serviço reconhecido na cidade”, finalizou.