Daniela Cardoso
Depois do aumento assustador do preço do quilo do feijão, outro produto da cesta básica tem chamado atenção pelo alto custo: o leite e seus derivados. Geise Pedreira, que é proprietária de uma loja de laticínios, afirma que a alta no preço foi causada pela falta de chuva na região.
“A seca prejudica, pois reduz a quantidade de leite e acaba encarecendo. O litro do leite aumentou cerca de R$ 1,50 em menos de um mês. O litro estava de R$ 2,99 e hoje está custando R$ 4,79. O queijo custava R$ 14,99 e hoje o mais em conta está custando R$ 22,99. O pote da manteiga de 250g está custando R$ 5,50, meio quilo custa R$10,99 e o quilo R$ 21,99. Antes o quilo custava R$ 15”, informou.
Segundo a comerciante, apesar do preço, o cliente não deixa de comprar, mas reduz a quantidade. Ela afirma que o movimento caiu um pouco e que a estratégia é fazer promoções para tentar atrair o cliente.
José Lima de Oliveira também é comerciante e afirma que esse reajuste foi por conta da falta de matéria-prima em Minas Gerais, onde, segundo ele, tem cinco meses sem chover.
“Os queijos começaram a aumentar o preço de dois meses para cá, apesar de não estar chovendo em Minas há cinco meses. O valor do queijo, por exemplo, subiu cerca de 40% por falta de matéria prima e aqui na região a produção é pouca. O quilo do queijo subiu de R$ 18 para R$ 24. O consumidor reclama e as vendas caíram por conta desse aumento”, afirmou.
Dona Maria de Lurdes é dona de casa e comerciante. Ela trabalha vendendo queijo recheado no transbordo central e afirma que o queijo subiu demais e fez com que ela repassasse o valor para os clientes.
“Aumentou bastante nesses últimos dias, principalmente o queijo. Antes eu pagava até R$ 17 e agora pago cerca de R$ 24. Antes do reajuste eu gastava uns R$ 700 e agora quase R$ 100. Tive que reduzir a quantidade de queijo que eu uso, senão não consigo fechar o orçamento. O pessoal reclama, mas não tem como não repassar o preço para os clientes. O beijú era R$ 3,50 e agora aumentou para R$ 4”, afirmou.
As informações são do repórter Paulo José do Acorda Cidade