Rachel Pinto
Ser pedestre em Feira de Santana não é tarefa nada fácil. Além das dificuldades de caminhar nas calçadas, que na maioria das vezes não são adequadas, são esburacadas e tomadas pelos vendedores ambulantes, há o problema de atravessar as ruas, conviver com motoristas apressados que desrespeitam as leis de trânsito e também com a falta de tempo das sinaleiras.
Atravessar uma rua movimentada, seja no centro comercial ou nos bairros, requer muita atenção. Se o pedestre não estiver atento pode tomar um susto, ser atropelado ou se envolver em um grave acidente. As faixas de pedestres que existem, quando não estão apagadas pelo desgaste do tempo, não são respeitadas pelos motoristas. É arriscado atravessar até mesmo se o pedestre estiver usando a faixa e por prevenção o melhor a fazer é ter sempre cautela.
As sinaleiras que deveriam oferecer mais segurança, nem sempre tem a sua função efetiva. É comum em muitas situações o pedestre não conseguir atravessar seguramente, pois quando um equipamento destes fecha para o motorista, o outro abre em questão de milésimos de segundos e assim os pedestres passam por dificuldades para atravessar nas ruas da cidade.
O Acorda Cidade flagrou uma situação desse tipo no conjunto de sinaleiras do cruzamento da Rua Monsenhor Mauro Pessoa com a Rua Conselheiro Franco, próximo a Praça da Matriz em Feira de Santana. O local é muito movimentado, existem muitas lojas e está perto do Feiraguay. O fluxo de pessoas e veículos transitando é muito grande e os pedestres reclamam da falta de segurança ao atravessar. Grupos de 15, 20 e até 30 pessoas se arriscam entre os carros motos e bicicletas.
O vendedor ambulante Sérgio Murilo Pinheiro, que há oito anos trabalha no local, disse que já presenciou a ocorrência de acidentes e atropelos. De acordo com ele, o tempo das sinaleiras para os pedestres é muito curto e as pessoas acabam atravessando com muita pressa, se esbarrando umas nas outras e quase em cima dos veículos.
“É perigoso demais. Os carros passam rápido e é arriscado atropelar as pessoas. A sinaleira não tem o tempo do pedestre e acaba de abrir uma, fecha a outra. Já houve atropelos aqui. O canteiro central, o passeio onde as pessoas ficam para atravessar também tem um buraco. As pessoas caem, tropeçam e as faixas de pedestres de um lado e do outro estão apagadas. O perigo aqui é grande”, afirmou.
Muitos pedestres falaram rapidamente ao Acorda Cidade sobre as dificuldades em atravessar. Apressados e muito preocupados com o tempo, eles disseram que o local é realmente muito perigoso. “Se não tiver atenção a gente é atropelado”, disse um pedestre que atravessava no local.
Com informações e fotos do repórter Ney Silva do Acorda Cidade