Laiane Cruz
Proprietários de veículos que tiveram seus carros apreendidos durante uma blitz da Polícia Militar estão tendo dificuldades para conseguir liberá-los do pátio terceirizado para o qual foram levados. Na manhã de hoje (29), eles se dirigiram ao local, situado no bairro Sobradinho, acompanhados de seus respectivos advogados, e em entrevista ao Acorda Cidade, reclamaram de maus tratos pelo gerente do local e de violação dos seus direitos.
A advogada Odejane Franco, que representa o cliente José Nilton de Oliveira Sena, afirmou que o cliente teve o carro indevidamente apreendido, sem nenhum mandado de busca e apreensão, e foi recolhido para o pátio particular, onde está pagando várias diárias.
“Já peticionamos, queremos que o carro seja liberado imediatamente e o pátio diz que não será liberado, descumprindo a lei. O gerente não atende a ninguém”, afirmou a advogada.
Joseval Conceição Correia, proprietário de um Corsa hatch, que foi apreendido no dia 13 de março por falta de licenciamento, informou que pagou o débito no dia 16 e deixou o carro em dias. Mesmo assim, não teve o carro liberado.
“No dia 16, foi providenciado o licenciamento, o carro já está todo em dia. Coloquei o para-brisa, acendi a placa, cumpri todas as exigências aqui, só que eles não liberaram. Tive que solicitar a advogada, pois tive meus direitos violados e eu estou com o carro todo legalizado, sem dependência nenhuma com o Detran e eles não permitiram que a advogada entrasse no pátio para defender os meus direitos. Isso é um absurdo, estamos sendo tratados pior do que no tempo da escravidão”, protestou.
A advogada de Joseval, Zaiane Marinho, reclamou que desde as 9h estava tentando entrar no pátio para conversar com o gerente.
“Eles simplesmente informaram que eu não tenho condições de adentrar, e apenas o cliente que pode entrar sozinho, mas que eu não posso representá-lo. Está tendo aqui uma violação clara das prerrogativas de advogado, impedindo o meu acesso e me impedindo de trabalhar. Desde as 9h estou tentando falar com o gerente, a fim de comprovar o motivo que consta no documento do cliente uma restrição judicial. Uma coisa simples de se resolver e está sendo muito complicada a retirada do veículo. Um guarda fica na portaria, dando risadinhas, dando respostas tortas. Estamos sendo maltrados aqui”, declarou a advogada.
Até o fechamento desta reportagem, os veículos ainda não haviam sido retirados pelos proprietários.
Com informações do repórter Paulo José do Acorda Cidade.