As obras de reparo iniciadas após o afundamento de um trecho da Avenida Eduardo Fróes da Mota, entre os bairros Gabriela e Sobradinho, em Feira de Santana, no dia 21 de maio, seguem em andamento. Com o isolamento de ruas e desvios no trânsito do entorno, comerciantes relatam que já sofrem prejuízos.
Camila Silveira, proprietária de uma loja de calçados e acessórios, localizada na avenida, relatou em entrevista ao Acorda Cidade que o movimento de clientes teve uma diminuição considerável, além dos prejuízos, já que a mesma fez investimentos em produtos que são altamente vendidos no período junino, como as botas.
“É uma avenida que dá acesso a vários bairros da cidade. E com esse transtorno, os carros não estão podendo transitar. E a gente tem que botar a loja toda em promoção, mercadorias novas em promoção, para poder de alguma forma manter os nossos compromissos em dia”, contou Camila.
Ainda de acordo com a empresária, o único meio de vendas está sendo o online. “Mesmo no online, o cliente que chama a moto por aplicativo, eles não querem entrar aqui, não querem deixar o carro para poder vir e pegar a mercadoria. Tudo isso, de certa forma, está prejudicando muito o nosso desempenho”, disse a empresária.
José Miraldo Magalhães, um dos comerciantes da região, contou os impactos sofridos em sua loja por conta das obras, que segue com as vendas reduzidas, mesmo pelas redes sociais. “Nesse paradeiro que você está vendo aí, a gente não consegue mais finalizar nossas vendas dos dias, que costumávamos fazer”, detalhou.
O motorista por aplicativo, Nivaldo Oliveira, está evitando passar pelo local, principalmente em horários de pico. “Atrapalha, por conta desse buraco aí, até no Anel de Contorno da Cidade Nova você sente o efeito. Congestiona tudo”, relatou.
Causa e solução do problema
De acordo com Raimundo Neto, gerente regional da Embasa, a rede de esgotamento sanitário foi danificada em razão da infiltração das águas das chuvas no solo, situação que comprometeu também a rede de drenagem pluvial, que é de responsabilidade da Prefeitura Municipal, provocando o afundamento da via.
Uma equipe da Embasa com mais de 20 trabalhadores e maquinário especializado, atua em caráter emergencial para recuperar a rede de esgotamento sanitário.
“Durante a escavação, foi possível identificar a necessidade de substituir trecho de 45 metros do interceptor, tubulação de grande porte e instalada em profundidade, responsável pelo transporte do esgoto de redes menores até a estação de tratamento”, contou Raimundo Neto ao Acorda Cidade.
Segundo o gerente regional, não é possível estimar um prazo de liberação da via para o tráfego, pois o trabalho no local envolve diferentes órgãos públicos. Ele disse ainda, que o desvio no trânsito de veículos está sendo executado em caráter emergencial.
“Intervenções como estas impactam temporariamente o trânsito e o andamento das atividades, mas são de fundamental importância para garantir a segurança da via para a circulação segura no local”, disse.
“A Embasa já terminou de substituir o trecho de sua tubulação e está concluindo a implantação de um poço de visita. Enquanto isso, a prefeitura estará trabalhando na recuperação de sua rede de drenagem. Logo que o serviço da prefeitura seja concluído, será iniciado o aterro e repavimentação do trecho”, concluiu Raimundo Neto.
Confira o mapa que indica o desvio recomendado pela Superintendência Municipal de Trânsito (SMT):
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