Feira de Santana

Comerciantes do Centro de Abastecimento negociam na lama

Comercializando laranja e tangerina há cinco anos, o comerciante Claudio Moura considerou a situação do local onde os comerciantes vendem os seus produtos como um verdadeiro chiqueiro.

Rachel Pinto

Os comerciantes do Centro de Abastecimento em Feira de Santana, da área conhecida como “Sem Terra”, estão indignados com a precariedade do local onde vendem os seus produtos. De acordo com eles, o setor está tomado pela lama e pelo mau cheiro.

Joelson dos Santos Barbosa há oito anos comercializa laranja, amendoim e jenipapo no local. Ele disse que o diretor do Centro de Abastecimento esteve há cerca de três meses conversando com os comerciantes sobre a situação, mas até o momento não foi tomada nenhuma providência.

“É muita lama, mau cheiro e ratos. Uma situação muito complicada e eu estou vendo a hora de pegar uma doença aqui. Aqui precisa pavimentar para ficar melhor. O diretor já veio aqui e disse que ia ajeitar, mas até hoje nada”, explicou.

O comerciante Clóvis dos Reis Leite, da cidade de Maragogipe, vem para Feira de Santana frequentemente para vender inhame. Ele contou que o local onde está trabalhando tem muita lama e está abandonado. “A gente aqui está trabalhando dentro da lama. É um lugar abandonado e trabalhamos de tênis para não pegar uma frieira”, disse.

Comercializando laranja e tangerina há cinco anos, o comerciante Claudio Moura considerou a situação do local onde os comerciantes vendem os seus produtos como um verdadeiro chiqueiro. De acordo com ele, os motoristas já se uniram e colocaram entulho para melhorar a situação, mas mesmo assim a lama continua e o mau cheiro está insuportável. “Não tem melhoria nenhuma, aqui está parecendo um chiqueiro e ninguém suporta o mau cheiro”, enfatizou.

Além dos comerciantes, muitos clientes também demonstram indignação com a situação da lama e a dificuldade de andar para comprar os produtos. Eles também confirmam que o local está um verdadeiro caos.

O Acorda Cidade tentou contato com a diretoria do estabelecimento, mas não conseguiu.

Com informações e fotos do repórter Paulo José do Acorda Cidade.