Com quase dois anos de espera, duplicação da Artêmia Pires sobe orçamento para R$ 80 milhões

Os custos para duplicação da Avenida Artêmia Pires, no bairro SIM, em Feira de Santana, vão custar ainda mais caro. A informação foi confirmada ao Acorda Cidade pelo secretário de Planejamento, Carlos Brito. De acordo com ele, as obras já orçam em torno de R$ 80 milhões — só a parte da prefeitura. 

“Vai ter intervenção em todas as ruas daquela região, no SIM, um último orçamento dá quase R$ 80 milhões.” Só a parte que cabe à prefeitura.”

Depois de quase dois anos de espera, as obras de duplicação na avenida ainda não iniciaram. Desde agosto de 2023, o Acorda Cidade acompanha os entraves para iniciar as etapas para ampliação. Até hoje, gargalos foram encontrados pelo caminho, como avanço de estabelecimentos e condomínios no espaço público, entraves técnicos e de infraestrutura que ainda impedem o avanço do desenvolvimento na região. 

“Apesar do tempo que está pronto, houve necessidade de você fazer as atualizações nos procedimentos, não só financeiros como técnicos. Ela será licitada agora, vai para o edital, que uma licitação dessa passa de 60 a 90 dias, pode acontecer ou não”.

Segundo Carlos Brito, a prefeitura tem se preocupado com o projeto de esgotamento projetado pelo governo do estado com a Embasa (Empresa Baiana de Água e Saneamento) para a Bacia do Pojuca. A obra deve envolver o bairro SIM, por isso, seria inviável executar para passar por reparos depois.

“Para evitar que o município faça ou fizesse a duplicação da avenida e depois a Embasa chegue com seu projeto, rompa todo o dinheiro gasto para botar esgotamento sanitário, um retrabalho e um prejuízo que jamais sairia da mesma qualidade”.

Segundo Brito, o prefeito José Ronaldo tem dialogado com o estado para que a Embasa realize a licitação para implementar o esgotamento sanitário antes da duplicação. “Feita essa intervenção da Embasa, nós já teremos licitado o projeto executivo da duplicação e poderemos começar a fazer”, explicou Carlos Brito ao Acorda Cidade.

Além da atualização nos custos, o prazo para iniciar também segue aumentando. Agora, a previsão de início das obras é para dezembro ou início de 2026. 

“Tem o trabalho da Embasa, que vai ser preciso. Já lançou o edital, uma licitação, muito dinheiro, a licitação dessa não sai com menos de 90 dias. Quando a Embasa licita, dá a ordem de serviço, em cinco, seis meses essa obra está sendo executada. Sendo muito otimista, acreditaria no fim de dezembro ou no fim do próximo ano”, afirmou ao Acorda Cidade. 

O secretário também confirmou que a prefeitura pretende licitar a obra paralelamente aos trâmites da liberação do empréstimo — para que, quando o dinheiro chegar aos cofres públicos, não precise aguardar ainda mais as intervenções na Artêmia.

“Temos que receber, assinar o contrato do financiamento que já está no Tesouro Nacional para ter a não objeção do governo federal com um aval. Vai ao Senado Federal para ter a chancela e, a partir daí, nós vamos assinar o contrato com o banco e o dinheiro começar a cair. Antes disso, nós vamos licitar, para não esperar primeiro essas etapas, para depois licitar. Vamos licitar em paralelo. Quando tivermos o aval e a sinalização do banco, pode começar, o dinheiro já está na conta, então fica mais fácil a obra ter celeridade.”

Além da atualização nos cursos, o prazo para iniciar as outras também aumentou. Agora, a previsão de início das obras é para dezembro ou início de 2026. 

“Vai ter intervenção em todas as ruas daquela região, no SIM, dá nível de último orçamento, dá quase R$ 80 milhões de reais. Só a parte que cabe à prefeitura.”

Brito ainda comentou sobre a importância da intervenção do estado da Bacia do Pojuca para preservar este que é um dos mais importantes recursos hídricos que abrange a cidade, além de outros municípios como Alagoinhas e Irará.

“Essa bacia tem muitos anos que clama por uma estação de tratamento que resolva o problema de esgoto. Cada condomínio tem sua mini estação de tratamento. Então, por exemplo, você mora lá na região do SIM, o seu condomínio tem uma estação de tratamento para jogar exatamente todos os dejetos lá para ser tratado, etc. Então, eu acredito que torcer para tudo dar certo e nós começarmos essa obra em dezembro, no início de janeiro.”

Com informações do repórter Paulo José do Acorda Cidade

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