Moradores de um condomínio, localizado no bairro Calumbi, em Feira de Santana, estão vivendo dias de muita angústia e preocupação. O empreendimento utiliza um canal que fica às margens da Avenida Tomé de Souza como saída para a drenagem da água da chuva. A valeta está sendo usada como área de descarte irregular de lixo, o que pode comprometer o escoamento da água e provocar alagamentos no condomínio.
Em uma rápida olhada no canal, é possível notar a presença de sofás, cama box, colchões, embalagens plásticas, lixo orgânico, sacolas, caixas de papelão, restos de comida e muitos outros materiais que não deveriam estar dentro da valeta. Mário Rolanderson é um dos moradores que estão preocupados e em alerta máximo com a possibilidade de novos alagamentos.
Histórico amedrontador
Segundo Mário, em 20 de fevereiro de 2024, os moradores passaram o primeiro grande sufoco no residencial. Uma forte chuva caiu sobre o local e, por volta das 12h daquele dia, cerca de 15 casas já estavam completamente debaixo d’água. No início de abril do mesmo ano, mais uma tragédia: da segunda vez, a água invadiu 17 casas.
“Eu perdi 100% de tudo. Não ficou nada: carro, móveis e roupa, perdi tudo. Com a gestão do condomínio conseguimos fazer ações preventivas, pedimos à prefeitura para limpar o canal e foi feito. Estou pedindo de novo a limpeza do canal, porque os moradores em torno não estão tendo consciência. Tem muito lixo dentro do canal e isso pode obstruir a passagem de água”, disse Mário.
“Eu estou pedindo, pelo amor de Deus, Zé Ronaldo, prefeito, olhe pela gente. A gente não quer passar por isso de novo. Inclusive, do lado do condomínio, fizeram algum descarte de fezes. Um caminhão tipo fossa depositou o material aqui do lado e está uma fedentina terrível dentro do canal”, complementou o morador.
Pedido de socorro
Mário explicou que os alagamentos provocaram um prejuízo gigantesco na vida dele. Segundo o morador, por conta da enchente, ele teve que vender o carro, avaliado em R$ 30 mil na época, por metade do valor. Pela experiência de viver no local, Mário solicitou intervenções da prefeitura para não precisar contar com o senso de coletividade, que falta em muitos momentos, dos moradores do entorno do canal.
“Pelo amor de Deus, o secretário Justiniano, que é da pasta, o prefeito José Ronaldo, olhe pela gente, olhe por essa comunidade. O que é que eu tenho pedido? Já que os moradores não estão tendo consciência, bote uma laje no canal da parte da Avenida Tomé de Souza até ali a sinaleira da Getúlio Vargas ou bote uma grade de proteção alta para evitar que os moradores joguem lixo e móveis dentro do canal”, concluiu o morador.
O Acorda Cidade irá solicitar um retorno da Secretaria de Serviços Públicos (Sesp).
Outras fotos do canal
Com informações do repórter Paulo José do Acorda Cidade
Reportagem escrita pelo estagiário de jornalismo Jefferson Araújo sob supervisão do jornalista Gabriel Gonçalves
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