Daniela Cardoso
Com o impasse da continuação da prestação dos serviços do transporte alternativo em Feira de Santana, as vans continuam rodando na cidade. Segundo o prefeito José Ronaldo de Carvalho, após o fim do contrato, essas vans não poderiam continuar rodando nas mesmas linhas dos ônibus, já que o transporte alternativo não está contemplado no edital do transporte público. Porém, de acordo com o permissionário Dário Alves Santos, a questão sobre o fim do contrato está indefinida.
“Esta questão de contrato que dizem que está terminando agora, existe um impasse. Eu, por exemplo, não sei a data do fim desses contratos, pois eles foram assinados em épocas diversas. Em agosto do ano passado as empresas abandonaram a cidade e então fomos solicitados pelo próprio prefeito para retornar as linhas de origem. Ontem conversamos com o prefeito, entregamos uma documentação e estamos aguardando uma posição. O transporte alternativo é composto de 164 vans, sendo que, dentre essas, está os 55 que foram há 10 anos para o sistema alimentador”, afirmou.
O presidente da Coopetrafs, José Vicente, disse ao Acorda Cidade que percebeu que o edital não estava contemplando o alternativo, mas afirmou que foi até o prefeito José Ronaldo de Carvalho, que teria confirmado que o transporte alternativo não iria sofrer nenhuma situação que viesse a causar esse transtorno, como vem acontecendo agora.
“A gente estava em paz e achando que nós, ou através do processo licitatório ou através de contrato, estávamos assegurados. O transporte coletivo passou muitos anos rodando através de contrato, então a gente achou que não aconteceria o que está acontecendo agora. Na época nosso advogado nos disse que poderíamos ingressar com uma ação contra o prefeito, mas não iríamos fazer isso. Porém para nossa surpresa vem acontecendo essas coisas agora”, disse.
José Vicente informou que uma proposta foi entregue ao prefeito, que ficou de avaliar. Segundo ele, nessa proposta foi pedido que José Ronaldo mantivesse a prorrogação do contrato emergencial, até que se esgotem todas as negociações.
“Nós não queremos trabalhar de forma irregular. Estamos totalmente endividados, estamos pagando prestação, seguro de carro, motorista, cobrador. É um sofrimento e vai ser um caos. Estamos aguardando que o prefeito nos dê uma resposta positiva”, afirmou.
O presidente da Coopetrafs ainda confirmou que os contratos foram assinados em datas diferentes. “Foi feito um contrato, só que assinamos em datas diferentes, então não tem uma data correta para o final. E por que não renovar até resolver nosso problema?”, questionou.
Com informações do repórter Ed Santos do Acorda Cidade