Feira de Santana

Centro de Endemias realiza ação para combater mosquitos na Lagoa Grande

O coordenador do Centro de Endemias, Edilson Matos, disse que ficou surpreso com a presença de tantos mosquitos.

Ney Silva e Andrea Trindade

Uma equipe do Centro de Endemias de Feira de Santana, atendendo a uma solicitação do grupo Acorda Cidade, esteve na tarde desta terça-feira (20) no entorno da Lagoa Grande, localizada entre os bairros Caseb, Rocinha e Parque Getúlio Vargas, realizando um trabalho de borrifação com o objetivo de controlar o foco de um mosquito de espécie não identificada. Os insetos surgiram depois que a Secretaria Estadual de Desenvolvimento Urbano (Sedur) e a Companhia de Desenvolvimento Urbano do Estado da Bahia (Conder) iniciaram as obras de revitalização da lagoa.

Com a revitalização, foram retiradas as taboas (vegetação aquática) e todo o mato no entorno da lagoa causando o surgimento dos mosquitos – provavelmente devido à alteração no ecossistema.

As casas mais atingidas são as que estão localizadas na Rua da Concórdia, no bairro Caseb, e as que ficam em frente à lagoa. Moradores estão tão incomodados com a presença dos mosquitos que compraram telas para instalar em portas e janelas. Outro problema causado pela infestação é a sujeira que ela causa nas varandas das casas. Os moradores precisam usar baldes e pás para retirar os insetos mortos. 

A dona de casa Rita Oliveira Araújo disse que a situação é péssima. “Durante o dia conseguimos ficar dentro de casa, mas a noite eles invadem as residência”, afirmou.

Ela disse também que os mosquitos provocam coceira no corpo das pessoas e incomodam bastante, causando até empolação nos braços. Rita pensa em ir embora do bairro e disse que os filhos dela já estão dormindo nas casas dos amigos e de uma tia.

O coordenador do Centro de Endemias, Edilson Matos, disse que ficou surpreso com a presença de tantos mosquitos. Na ação realizada hoje foram utilizados veículos com bombas de borrifação e sete homens com bombas costais que fizeram um trabalho de combate aos insetos na vegetação.

Ele disse que devido à grande quantidade de mosquitos o trabalho vai seguir por alguns dias e que vai pedir o apoio de um biólogo do Centro de Controle de Zoonoses para identificar a espécie do inseto, que é estranho e diferente dos mosquitos comuns.

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