Fé e vocação

Celebração religiosa marca passagem de irmãs clarissas para o mosteiro

Seguindo os ensinamentos de Santa Clara e São Francisco de Assis, as imãs clarissas seguem o mesmo estilo de vida em todas as partes do mundo. Vivem uma vida de oração, de caridade e a favor da dignidade humana e social.

Rachel Pinto

Neste domingo (3), uma missa realizada no Centro Diocesano, bairro Alto do Papagaio, em Feira de Santana, marcou passagem das irmãs clarissas para o Mosteiro Imaculada Conceição da Mãe de Deus. As irmãs que antes viviam provisoriamente em uma casa cedida pela Arquidiocese, passam agora a habitar o mosteiro e dar continuidade aos princípios de uma vida contemplativa e de oração.

Segundo o bispo emérito, Dom Itamar Vian, há sete anos atrás foi iniciada uma comissão para receber as irmãs clarissas e Feira de Santana foi escolhida de forma providencial. Ele destaca que as irmãs realizam um excelente trabalho e vivem uma vida de clausura, baseada no discernimento e na vocação.

"Hoje estamos dando a benção a este mosteiro, na parte interna da clausura e no dia 1º de setembro o núncio apostólico (representante diplomático permanente da Santa Sé), vai abençoar essa obra importante para Feira de Santana, toda a Bahia e toda a Igreja", disse.

Vida de Clausura

Dom Itamar Vian explicou que as irmãs tem uma vida de clausura, que as portas do mosteiro são fechadas para pessoas que vivem fora e ninguém mais poderá entrar no local. As irmãs só poderão sair para realizar coisas muito necessárias, como ir ao médico ou participar de missas.

"Serão fechadas as portas do mosteiro para as pessoas que vivem fora. Ninguém mais poderá entrar nesse mosteiro a não ser em caso especial, para celebração de uma missa ou um médico para atendimento. As pessoas não poderão entrar, mas elas poderão sair para coisas muito necessárias. Diariamente elas atendem na portaria. Ao lado tem salas para atendimento de orações e para o acolhimento. As irmãs clarissas passam por uma longa preparação e tem vocação e discernimento", pontuou.

Frei Beto afirmou que o mosteiro é um lugar de oração, de contemplação e do encontro do humano com o divino no silêncio interior de si para escutar o que Deus fala. Para ele, as irmãs clarissas são um grupo de mulheres felizes, realizadas, vocacionadas à vida contemplativa para rezar pela salvação do mundo e para aqueles que não tem tempo de oração.

"Vivem plenamente essa vontade de rezar por aqueles que necessitam e pela paz mundial. Temos um grupo de oito irmãs. As irmãs com votos perpétuos e jovens que estão se preparando", contou.

Vida de uma irmã clarissa

Seguindo os ensinamentos de Santa Clara e São Francisco de Assis, as imãs clarissas seguem o mesmo estilo de vida em todas as partes do mundo. Vivem uma vida de oração, de caridade e a favor da dignidade humana e social.

"Elas acordam às 4h , iniciam a vida de oração e de entrega. Às 6h rezam em comum, participam da missa e depois tem todo o dia dedicado ao trabalho. Trabalham e também há os quatro tempos de oração em comum e 1h de oração para cada uma delas. O santissímo fica exposto durante todo dia e elas revezam. Enquanto um grupo trabalha, o outro está em oração para aquelas que estão trabalhando", ressaltou Frei Beto.

Maria Amabi é uma das irmãs clarissas que passará a habitar o mosteiro. Ela afirmou que a passagem para o local é um momento único e muito feliz.

"É um momento de graça. Um momento único e muito especial, de uma alegria imensa. Decidi ser uma clarissa por vocação e quando Deus chama a gente não pode dizer não. Foi por opção livre minha. Era muito apegada a minha família, mas Deus me deu essa graça de deixar a família para seguir a ele", completou.

Depois da missa de celebração da passagem das irmãs clarissas para o mosteiro, foi lançada a campanha para a doação de pisos para colocar no espaço e também a doação de outros materiais. As doações representam o dom gratuito da partilha e da solidariedade.


Os dados bancários para quem quiser contribuir com doações são:

Caixa Econômica Federal
Agência – 4109
Operação – 003
Conta Corrente – 1883-8

 

Leia também: Irmãs Clarissas falam sobre vida de oração e construção do mosteiro

Com informações e fotos do repórter Ed Santos do Acorda Cidade.