A Câmara de Dirigentes Lojistas de Feira de Santana (CDL) realizou, na noite desta terça-feira (11), uma capacitação para empresários sobre tendências mundiais para o setor varejista. O evento também serviu para marcar o lançamento oficial da campanha Natal de Prêmios 2025, que neste ano ocorre de 24 de novembro a 31 de dezembro e vai sortear dois carros e cinco motos.
O encontro organizado pela CDL aconteceu logo após a última edição da National Retail Federation (NRF), uma feira internacional considerada o maior evento de varejo do mundo. De acordo com o empresário Juscelino Brito, presidente da CDL, a proposta é trazer para Feira de Santana as reflexões e aprendizados vivenciados nas feiras internacionais na Ásia e na Europa, traduzindo essas experiências em ideias para alavancar o comércio local.
“É extremamente importante um evento como esse. As palestrantes falaram que a gente precisa estar atento à transformação do mercado. As coisas mudam de um cenário para o outro de forma muito rápida. Hoje, lançamos também a campanha Natal de Prêmios. Nós estamos aí no início do período da Black Friday e Feira de Santana está preparada. A gente já vê a cidade aquecida, vê movimento, então teremos um Black forte para que dezembro realmente entre com todo o gás”, disse Brito.
Uma grande aliada
O presidente da CDL também destacou que as palestras tocaram em um ponto muito importante: fazem com que empresários e empreendedores vejam a tecnologia, em especial o ambiente digital, como uma saída para se manterem vivos no setor, competitivos e alavancar as vendas.
“O consumidor, quando entra na loja, sabe o que quer, já está com o seu celular na mão, tem preço, sabe a cor do produto que deseja, conhece a tendência. Então, esse comportamento eu preciso entender. Eu não posso estar com o pensamento de 30 anos atrás, pensando em uma loja ultrapassada, uma loja em que eu entendia que era daquela forma. O cenário, o consumidor e a forma de enxergar o mundo mudaram. Então, se o empresário não tiver esse acompanhamento, ele sai do mercado. Ele precisa entender que a loja física tem de acompanhar também o digital”, disse Brito.
Experiência Elevada
Essa virada de chave foi um dos pontos abordados pela palestrante Marcela Cabral. A engenheira de formação revelou ao Acorda Cidade que a chamada arquitetura comercial, ideia que pretende traduzir os ideais e objetivos da marca ou loja para o ambiente físico, é uma forma de atrair consumidores e se manter competitivo e rentável em um ambiente cada vez mais digital e globalizado.
“Precisamos proporcionar uma excelente experiência para os consumidores, tirar todos os obstáculos que existam entre o consumidor e o produto que ele deseja comprar. E tem muita coisa envolvida, como formas de pagamento, design de loja e de atuação enquanto lojista frente a esse cliente. Então, com certeza, o foco deve ser nas pessoas. Isso, do pequeno ao grande, a gente consegue aplicar”, disse Marcela.
“[Seremos competitivos] oferecendo uma experiência elevada, completamente diferenciada. O cliente não vai sair de casa para comprar algo que ele pode fazer no sofá. Então, é preciso mostrar que ele pode testar o produto, ter facilidade de experimentar e que você oferece algo a mais na sua loja. Ele não vai só para comprar, vai para aprender algo, vai para socializar. Entender que hoje o ponto físico é um espaço de experiência, para mim, é a grande chave dessa visão frente ao mercado”, complementou.
Boas reflexões
A comerciante Claudiana Nascimento, que tem forte atuação no distrito da Matinha, em Feira de Santana, revelou que o evento é sempre uma boa oportunidade para aprimorar conhecimentos e reformular estratégias para se manter ativa no setor varejista.
“Vem muita novidade por aí no mercado, e esse evento ajuda a gente a expandir a nossa mente e o nosso comércio como um todo. Eu estive aqui no ano passado e levei boas reflexões para o ano de 2025, e agora espero conseguir aplicá-las em 2026”, disse.
AL(IA)DA
Já a empresária Ana Paula Amaral, que atua no ramo da alimentação em Feira de Santana, destacou o foco da palestra sobre a incorporação de ferramentas com inteligência artificial (IA) nos processos comerciais.
“Ela já faz parte da nossa rotina, do nosso dia a dia, e hoje eu quero aprimorar mais e mais, porque essa tendência que está sendo oferecida para os comerciantes de Feira de Santana vai ser um grande boom, uma virada de chave para nós, empreendedores e empresários”, disse Ana Paula.
“A tecnologia é muito importante e pode ser muito bem utilizada, mas realmente precisa de pessoas para operá-la. Lojas e farmácias, por exemplo, precisam de pessoas, balconistas, atendentes, farmacêuticos para dar um tratamento humanizado, que nenhum robô, nenhuma IA vai conseguir passar. Eu acho que é a união. A gente não pode fechar os olhos para a inteligência artificial, mas também não podemos abraçá-la e esquecer as práticas pessoais e interpessoais”, concluiu a empresária.
Com informações do repórter Ney Silva, do Acorda Cidade
Reportagem escrita pelo estagiário de jornalismo Jefferson Araújo sob supervisão
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