Feira de Santana

Casal busca apoio após passar a viver em situação de rua na Avenida Presidente Dutra em Feira de Santana

Sem condições, os dois abandonaram a casa onde moravam de aluguel.

Moradores em Situação de Rua
Foto: Paulo José/Acorda Cidade

Quem passa diariamente pela Avenida Presidente Dutra, seja no sentido Feira – Salvador ou Salvador – Feira, já pode ter presenciado uma barraca de acampamento, instalada próximo do Hospital Especializado Lopes Rodrigues.

No local, residem em situação de rua há vários meses, o casal Evandro de Oliveira, 59 anos, e Jucilene de 49.

A reportagem do Acorda Cidade conversou com o casal na manhã desta segunda-feira (9). Segundo Evandro, após um acidente, não foi possível mais trabalhar, nem honrar com o pagamento do aluguel da casa onde moravam e, a única solução foi viver em situação de rua.

Moradores em Situação de Rua
Foto: Paulo José/Acorda Cidade

“Eu fui acidentado na Estação Nova, trabalhando, estou doente, infelizmente não estou mais jogando meus cocos fora para ganhar meu sustento, infelizmente quando peço algo, as pessoas dizem que é para bebida, mas nem todo dinheiro é para bebida. Sou natural daqui de Feira de Santana, perdi minha mãe fez um ano agora, morava de aluguel, hoje eu não posso mais pagar. Preciso da força das pessoas para retirar o parafuso da minha perna que está doendo muito, além disso, preciso de remédios e cesta básica”, relatou.

Moradores em Situação de Rua
Foto: Paulo José/Acorda Cidade

De acordo com Evandro, no próximo dia 19 de dezembro, completa 1 ano que está com os parafusos na perna. Diante da necessidade, ele mesmo que troca os curativos, mas no momento, está sem material.

Moradores em Situação de Rua
Foto: Paulo José/Acorda Cidade

“Eu mesmo que faço a troca do meu curativo, porém o material já acabou. Estou precisando no momento de atadura, os remédios anti-inflamatórios, hoje mesmo eu já lavei o local aqui”, contou.

Moradores em Situação de Rua
Foto: Paulo José/Acorda Cidade

O morador aproveitou para relatar como é no dia a dia morando à beira da pista.

“Eu vou ser muito sincero, não é bom. Embora, morando aqui, nós não somos abusados por ninguém, graças a Deus, Ele me deu essa minha coroa, eu sempre alerto pra ela, não se meta naquele lugar, que não presta. Enquanto estamos aqui, ninguém mexe com a gente. Algumas pessoas passam por aqui, deixam almoço, porém nem tudo que deixam, eu posso comer, como é o caso da carne de porco”, afirmou.

O Acorda Cidade irá solicitar um retorno da Secretaria de Desenvolvimento Social (Sedeso).

Com informações do repórter Paulo José do Acorda Cidade

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