Campanha mobiliza população para doação de sangue e cadastro de medula óssea

^{Rachel Pinto}

Com o objetivo de unir pessoas para salvar vidas, foi realizada na manhã de hoje (20) na Fundação de Hematologia e Hemoterapia da Bahia (Hemoba), unidade de Feira de Santana do Hospital Geral Clériston Andrade (HGCA) a Campanha do grupo Doadores por Amor de incentivo à doação de sangue e ao cadastramento de medula óssea.

Cecília Moraes, uma das voluntárias disse que o grupo surgiu a partir de um trabalho que ela já desenvolvia no Hospital Martagão Gesteira em Salvador com crianças com câncer. Ela contou que percebeu a necessidade de doação de medula óssea no Brasil e também para ajudar Gustavo Medeiros, um paciente de sete anos, o grupo criou a Campanha Março Laranja que vem sendo bastante divulgada nas redes sociais e adquirindo vários colaboradores.

“O Doadores por Amor nasceu através de Gustavo. Eu intensifiquei a campanha através da necessidade dele. Lembrando que esse ato beneficia qualquer um porque a doação não é direcionada e é uma chance em 100 mil de encontrar um doador compatível".

Gustavo Medeiros é paciente do Martagão Gesteira, tem câncer desde os dez meses e vai fazer sete anos. A Campanha Março Laranja é em homenagem a ele que luta há seis anos contra o câncer e precisa de medula óssea há um ano e três meses.

Cecília destacou que a realidade de doação de sangue e cadastramento de medula óssea no Brasil ainda é pequena, principalmente se comparada a outros países. De acordo com ela, ainda falta informação e esclarecimento da população.

“A realidade é triste e a doação de sangue e o cadastramento de medula óssea ainda são poucos diante da necessidade. Infelizmente as pessoas não tem conhecimento. O Hemoba é um órgão do estado e as pessoas ainda não tomaram consciência e ainda existe um tabu sobre doar medula óssea e ficar paraplégico . Medula óssea é ligada ao fêmur e ao quadril, não mexe na coluna de ninguém. Estou há quatro anos no Registro Nacional de Doadores de Medula Óssea (Redome) esperando ansiosamente para que eu possa ser doadora de qualquer pessoa. Falta esclarecimento da população sobre o assunto”, enfatizou.

Para Cecília ações como a da campanha do grupo Doadores por Amor devem existir o ano inteiro. A medula óssea combate 70 tipos de doenças diferentes, especialmente casos de aplasia medular e leucemia. Para se cadastrar e ser um doador basta ter de 18 a 55 anos e nunca ter feito tratamento oncológico.

No próximo dia 13 de março será realizada mais uma ação da campanha no evento Colorrida que acontece em Feira de Santana.

Com informações e fotos do repórter Ed Santos do Acorda Cidade