Cães em situação de extremo abandono são resgatados em Feira de Santana; tutor será investigado por maus-tratos

Dois cães em situação de grave maus-tratos foram resgatados em um imóvel no bairro Cidade Nova, em Feira de Santana, na manhã desta segunda-feira (28). O resgate ocorreu durante uma ação conjunta da Polícia Civil da Bahia, por meio da 2ª Delegacia Territorial de Feira de Santana, com a Vigilância Sanitária Municipal e a Secretaria Municipal de Meio Ambiente (Semmam).

Segundo a Polícia Civil informou ao Acorda Cidade, a operação foi motivada por uma denúncia anônima no dia 28 de julho, e, ao chegarem ao local, as equipes se depararam com uma cena de abandono extremo.

A casa estava fechada, com forte odor pútrido, grande acúmulo de fezes, ausência de água e alimentos, e os animais apresentavam sinais visíveis de desnutrição, desidratação e feridas pelo corpo. Além disso, as paredes e superfícies da residência estavam cobertas de sujeira e detritos, indicando descaso prolongado.

De acordo com moradores da região, os cães vinham sendo alimentados apenas por meio das grades da casa. Segundo a polícia, o tutor reside em Feira de Santana e já foi identificado. Ele será responsabilizado criminalmente com base no artigo 32, §1º-A, da Lei nº 9.605/98 (Lei de Crimes Ambientais), que prevê reclusão e multa para casos de maus-tratos contra cães e gatos.

Durante a inspeção, os profissionais da Vigilância Sanitária e da Semmam documentaram a situação com fotos e vídeos, confirmando a violação flagrante aos padrões mínimos de bem-estar animal. Dentre os registros feitos, destacam-se a presença de fezes antigas e recentes por todo o imóvel, a inexistência de utensílios para água ou comida, feridas aparentes nos animais e silêncio absoluto nos fundos da casa, onde vizinhos relatavam anteriormente o latido de uma cadela, levantando suspeitas sobre um possível agravamento ou óbito.

Os dois cães vivos foram resgatados e acolhidos sob responsabilidade de uma pessoa voluntária, que se comprometeu a prestar os cuidados emergenciais. O caso segue sob investigação e reforça a importância da denúncia de crimes ambientais para garantir a proteção dos animais.

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