Buracos deixam ruas nos bairros Mangabeira e Conceição interditadas há mais de um mês

Há mais de um mês, a Rua Tupinambás, no bairro Mangabeira, está interditada por conta de alagamentos, buracos e principalmente, a abertura de um córrego que está cortando a via. No local, moradores dividem espaço com o esgoto a céu aberto, mau cheiro e com motocicletas que utilizam o passeio. Além disso, muitas residências estão correndo risco de desabar devido às estruturas comprometidas.

Ao Acorda Cidade, Léo Ferreira da Silva destacou diversos problemas que os moradores estão enfrentando com a interdição, causando transtornos também para os comerciantes, impacto nas vendas e no tráfego de veículos.

“Tem mais de trinta dias, nas primeiras chuvas houve o alagamento e de lá para cá a rua continua interditada sem solução nenhuma. Tem comerciantes daqui que estão sem vendagem, porque a rua está interditada. Parou o movimento, a clientela. Na verdade, não estão frequentando as lojas porque a rua está interditada. As motos, por exemplo, passando pelos passeios, até caiu um senhor levando a criança no colégio. Ele caiu dentro do esgoto e foi um risco muito grande, então a coisa aqui está ruim, está feia, tem que resolver”, disse.

A rua, que registrava grande movimento de pessoas e veículos, não passa nem transporte público, o que também afeta o cotidiano dos moradores da localidade. 

Léo, que trabalha em uma loja de granito há um ano, confirma o quanto o movimento caiu desde a interdição. Além do mau cheiro, algumas pessoas estão lidando com o risco de desabamento porque o córrego flui para debaixo das casas.   

“Aqui tem umas casas e um mercado, as bases, as estruturas das casas estão todas condenadas. É por isso que é grande o risco de até desabar. Os comércios parados, é um cheiro muito desagradável também no local. Então é complicado”. 

Conceição 

Ainda na manhã desta terça-feira (30), a reportagem do Acorda Cidade registrou mais transtornos em Feira de Santana. Desta vez, a situação de abandono foi vista na Rua Murioca, no bairro Conceição, que teve que ser fechada por causa de um enorme buraco bem no centro da via. 

Segundo o morador Edvaldo dos Santos Filho, a Embasa esteve no local e atribuiu a responsabilidade à prefeitura de Feira de Santana. Agora, os moradores aguardam algum órgão público que possa resolver a situação que perdura há mais de um mês. 

“A Embasa esteve aqui há uns 4 meses, fez um serviço ali na transversal, não sei o que foi que fez, que a manilha rompeu, e está tendo vazamento por debaixo da manilha. Então aí, a porta da minha casa está oca, até o restaurante do rapaz, boa parte está afundando”.

De acordo com Edvaldo, muitos veículos pesados também passam próximo. Como a rua está ficando oca próximo ao buraco, isso também em decorrência dos alagamentos, a prefeitura interditou o local para evitar acidentes. 

“Essa travessa aí da rua Murioca também, passa muita caçamba, ônibus, que tem uma oficina na esquina ali. A prefeitura fechou, porque está fazendo serviço ali do BRT do outro lado e eles viram e botaram esse negócio. Já tem mais de um mês e não recuperaram ainda. E tem mais de dois anos que nós estamos dizendo que a rua está afundando, o piso está cedendo. A gente tem que ver onde é o vazamento da manilha para virem consertar, se é na esquina da travessa da rua Murioca, ou se é na direção da Calamar, porque a água está vindo por debaixo da manilha”, relatou.

Marilene dos Santos também relatou alguns riscos que os moradores estão enfrentando com a interdição. 

“O pessoal quer passar de qualquer jeito com o carro, eu já fechei aqui, porque eles querem passar por cima do passeio com moto, quase me atropelam ontem, às caçambas descem muito, vão aí para baixo com entulho. O pessoal não tem paciência de esperar passar o carro para passar pelo cantinho com a moto, aí quer passar por cima do passeio”, explicou. 

A Empresa Baiana de Água e Saneamento informou que os problemas nas ruas citadas são de competência da prefeitura.

O Acorda Cidade buscará um retorno sobre a situação das ruas com a Superintendência Muncipal de Operações e Manutenção (Soma).

Com informações do repórter Paulo José do Acorda Cidade

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