Apenas dois dias do encerramento da 46ª Expofeira, o Acorda Cidade esteve no Parque de Exposições João Martins da Silva, em Feira de Santana, para acompanhar as vendas dos ambulantes. De acordo com eles, até o quinto dia de exposição agropecuária, o movimento não foi considerado dos melhores.
Um dos destaques da Expofeira está no Caminho da Roça, espaço cultural, gastronômico, com artesanato, que está recebendo também apresentações de grandes artistas da música regional. Lá, o Acorda Cidade encontrou a vendedora Marilene Brito, ouvinte assídua do Programa Acorda Cidade, que tem feito sucesso com suas bonecas gigantes.
A artesã contou como tem sido o movimento. “O movimento está muito pouco. O público está vindo para ver, mas não está comprando nada. Mas é gratificante estar aqui. Este ano eu vim só, sem acompanhantes, muito difícil.”
A vendedora pediu mais valorização da população para o artesanato, que é produzido e criado pelos moradores de Feira de Santana. Segundo Marilene, ela tem bonecas espalhadas por todo o mundo, de pessoas que vêm à Princesa do Sertão e levam para fora um produto criado com exclusividade.
“Eu quero pedir às pessoas que visitem mais, valorizem mais o artesanato. Hoje eu tenho mais de 11 mil bonecos espalhados pelo mundo e não é em Feira de Santana que está. Está nas mãos de famosos, de pessoas de outros países.” A boneca Marcelina, por exemplo, está presente em 90 países.
Marilene ainda contou que pretende transformar sua casa, na Vila São José, em um museu e uma escola para formação de artesãos.
“É gratificante estar aqui, porque, como você vê, a casa está recheada. Estou recebendo as escolas, estou dando palestras. Falando sobre a importância da gente transformar o lixo em artesanato. Tentar ganhar dinheiro.”
Além das bonecas, a artesã vende outros tipos de artesanatos, como brincos, feitos com materiais recicláveis.
Marilene reforçou que, mesmo sendo um trabalho cultural importante, ainda falta apoio aos vendedores para custear os investimentos.
“Próximo ano, não sei se estarei aqui não, porque é um custo muito grande para eu bancar. Alguém que fique comigo e uma assistência maior que poderia ter também aqui do parque. Mas está tudo bem, está a nota 10, nota 10 do secretário. Só precisa melhorar o movimento do parque, eles compram mais os brinquedos infláveis, mas não compram o artesanato.”
Outra artesã, Sueli Mesquita, também está expondo no evento. Ela, que já é experiente na Expofeira, vende uma variedade de artesanatos, como produtos em crochê e feltro. Sueli também confirmou que o movimento das vendas não está bom; ainda não deu para tirar o investimento, mas a expectativa é melhorar nos dois últimos dias de festa.
“O movimento está um pouco baixo, mas acreditamos que agora, hoje, sexta, acreditamos que o movimento vai melhorar muito porque o ano passado foi assim. E acreditamos também que as coisas aqui de movimentação, de artesanato, vão ser visitadas totalmente.”
Graça Maciel também vende bonecas de pano, chaveiro e muito mais. Ela já tem 9 anos de experiência na Expofeira. Para a vendedora, o ano passado foi muito melhor, comparado a essa 46ª edição.
“Está fraquíssimo. No ano passado, eu vendi R$ 2 mil durante toda a Expofeira. Esse ano não vendi R$ 500. Estamos apostando sábado e domingo. Hoje não. Com certeza, hoje não.”
A depender dos modelos, os preços podem variar. Tem bonecas de R$ 50, R$ 80 e até R$ 100.
Com informações do repórter Paulo José do Acorda Cidade
Siga o Acorda Cidade no Google Notícias e receba os principais destaques do dia. Participe também dos nossos canais no WhatsApp e Youtube e grupo de Telegram.