Comércio

Black Friday aquece vendas e contratações temporárias no comércio de Feira de Santana

Segundo Marco Silva, a antecipação de parte do 13º salário contribui para que os consumidores estejam com dinheiro em mãos.

Black friday no centro de feira - comercio
Foto: Paulo José/Acorda Cidade

A movimentação no comércio de Feira de Santana já demonstra o aquecimento esperado com a Black Friday que, segundo Marco Silva, presidente do Sindicato do Comércio de Feira de Santana (Sincomfs), vem se consolidando como uma data essencial para lojistas e consumidores. Além disso, as contratações temporárias para o período natalino e as férias de janeiro trazem impacto positivo para a economia da região.

Na manhã de sexta (29), consumidores fizeram longas filas em lojas do centro da cidade a procura de produtos com desconto. Relembre aqui.

“O comércio já está bem aquecido, realmente, essas datas cada dia ficam mais importantes, e hoje o Black Friday já está no calendário. Quando o empresário e as pessoas pensam, já pensam com antecedência, já está juntando com o Natal”, afirmou Marco Silva.

Em entrevista ao Acorda Cidade, ele destacou que a antecipação de parte do 13º salário contribui para que os consumidores estejam com dinheiro em mãos, estimulando as vendas.

As lojas, decoradas e com promoções atrativas, estão prontas para receber os clientes. Para o presidente, hoje, todos os setores do comércio estão se saindo bem neste momento esperado de promoções. A antiga “Black Fraude”, onde os estabelecimentos vendiam faltas promessas, não é mais uma realidade no comércio de Feira.

Marco Silva
Marco Silva | Foto: Ney Silva/Acorda Cidade

“O consumidor hoje tem a maior ferramenta na mão que é o smartphone. Ele hoje, quando vai comprar um bem, ele já pesquisou, já sabe o preço, já sabe quanto é que era. Então se algum empresário pensar em fazer isso, ele está dando um tiro no pé. A promoção tem que ser verdadeira e tem muita chance de fazer uma grande promoção”, explicou.

Além disso, Marco Silva ressaltou que as promoções são uma oportunidade para o comércio girar o estoque e preparar-se para o início do ano com produtos novos.

“A gente tem coleções anteriores que é melhor você vender realmente com desconto agressivo, transformar em dinheiro para comprar novas mercadorias, do que tentar fazer alguma bobagem ou tentar enganar o consumidor. A gente precisa lembrar que o consumidor, nosso cliente, é nosso maior patrimônio, e ele é nosso cliente a vida toda. Se a gente maltrata ele ou tenta enganar agora, na próxima ele não vem”, alertou.

Contratações temporárias

Sobre as contratações temporárias, Marco Silva explicou que, embora o número de vagas tenha diminuído em comparação a anos anteriores, isso não é uma má notícia, já que o comércio ainda se recupera dos fechamentos da pandemia da covid-19.

“Feira de Santana já falou em 3 mil, 4 mil, até de 5 mil vagas temporárias. Esse ano a gente está falando em 2 mil vagas temporárias, de acordo com os estudos. Aí você pode dizer, então isso é uma má notícia? Não é uma má notícia, porque, na verdade, essas pessoas já estavam na empresa, já estavam trabalhando de carteira assinada. Então é uma grande oportunidade ainda, principalmente para vendedores, estoquistas, caixas, crediaristas, mas também para supervisores. De um modo geral é uma boa oportunidade”, orientou.

Segundo o presidente, essas vagas oferecem uma chance real de efetivação, principalmente, quando alguns funcionários saem para tirar férias e os temporários cobrem a função com excelência. “Quem está ali como temporário realmente tem um período maior que ele pode mostrar o trabalho dele e ficar de vez”.

O impacto econômico vai além das vendas. Ainda em entrevista ao Acorda Cidade, Marco Silva destacou o efeito positivo da renda gerada pelas contratações temporárias.

“O dinheiro circula no comércio. Quando você começa a contratar esses temporários lá no início de novembro, essa pessoa, até antes de receber o primeiro salário, já está motivada a ir no comércio comprar, porque ele sabe que vai receber o dinheiro dele. Então é o que a gente chama aqui de corrente positiva, é a roda da economia girando”.

Essa “roda da economia” beneficia toda a cadeia produtiva da cidade. “O trabalhador com renda, compra e o comércio vende o produto, precisa repor o produto, aí você usa distribuidor, fabricantes, empresas de transporte, precisa de mais publicidade também. Feira de Santana é uma cidade onde a gente tem uma grande repercussão dos meios de propaganda, rádio, por exemplo. Então, anunciar no rádio também é importante, porque todo mundo ganha com isso. Economia girando, todo mundo ganha”, acrescentou.

Com informações do repórter Ney Silva do Acorda Cidade

Leia também: Comércio de Feira de Santana registra filas e alta movimentação na Black Friday; teve panela de pressão por R$ 10

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