Laiane Cruz e Ney Silva
Um bebê de 42 dias está internado no Hospital Municipal da Criança com problemas cardiológicos, mas a família não consegue a transferência dele para Salvador. De acordo com a Fundação Hospitalar, que gerencia a unidade, devido à gravidade do quadro clínico do menino, foi encaminhado um pedido de interferência pelo Ministério Público a fim de acelerar o processo de regulação.
A mãe da criança, a trabalhadora rural Sandra Nascimento de Oliveira, disse que o bebê foi diagnosticado com problemas no coração logo após o parto. Segundo ela, o filho necessita passar por uma cirurgia e teme que a demora cause a morte do menino. “Me dói muito ver meu filho sem poder tocar. É o quarto filho, e o parto foi normal. Tudo o que eu quero é ajudar meu filho e levar ele para casa”, disse.
A enfermeira Juliana Rigaud, que trabalha no berçário de alto risco do Hospital da Criança, explicou que o bebê sofre de cardiopatia complexa, com transposição de grandes vasos, por isso precisa da cirurgia para sobreviver.
“Ele está tomando uma medicação, que o está mantendo vivo, porém causa efeitos colaterais como febre e apneia. Mas existe o risco de morte. Quanto mais rápida a cirurgia, maior a possibilidade de vida dele. É um bebê extremamente grave que tem que ser acompanhado dentre de uma UTI”, informou a enfermeira.
A presidente da Fundação Hospitalar, Gilberte Lucas, informou que a instituição vem tentando fazer a regulação do bebê, mas que enquanto isso não acontece, a criança está recebendo toda a assistência necessária.
A gente encaminhou um pedido de apoio ao MP e também à secretaria do estado, pedindo uma intervenção para conseguir de imediato a regulação dessa criança. É uma cirurgia de alta complexidade, que não faz aqui no HEC (Hospital Estadual da Criança). Então há uma necessidade do apoio de regulação estadual, e até de nível nacional, para que essa criança seja encaminhada.