Andrea Trindade
A Base Comunitária de Segurança do bairro Rua Nova (BCS) completa nesta terça-feira (22) um ano de implantação. De acordo com o capitão Victor Espírito Santo, responsável pela unidade, nesses 12 meses houve uma redução significativa no índice de criminalidade e uma aproximação maior entre comunidade e Polícia Militar.
“Temos dois indicativos importantes: primeiro os números, no mesmo período no ano anterior ocorreram 11 homicídios no bairro Rua Nova, e neste ano ocorreram três. Este número ainda está longe do nosso objetivo que é zerar o índice. Parece utópico mas trabalhamos para que não aconteçam homicídios na Rua Nova. O outro fator que a gente avalia e que serve de norteador para as nossas atividades é a opinião da comunidade: aplicamos um formulário de pesquisa, durante nossas visitas comunitárias, e aferimos uma gama de serviços oferecidos aqui e, principalmente, aferimos a impressão que os moradores têm da nossa atuação”, informou.
De acordo com o capitão Victor, cerca de 250 visitas já foram feitas nesse primeiro ano de BCS e a meta é visitar todos os lares. “A intenção é obter um dado não parcial, mas um dado mais favorável envolvendo a maioria da população. As pessoas respondem que se sentem mais seguras e sentem-se mais tranquilas em deixar as crianças brincarem nas praças. Ainda está longe do ideal, mas temos muito o que comemorar por se tratar de um ano de implantação”, avaliou.
Operações
Desde o último dia 14, cerca de 40 policiais da 64ª Companhia Independente da Polícia Militar, BCS, Rondesp Leste, Cavalaria e esquadrão de motocicleta Asa Branca, realizam no bairro a Operação Saturação.
Durante a ação, que busca prevenir e combater a criminalidade no bairro, são realizadas abordagens para combater o tráfico de drogas, assaltos, homicídios, e averiguação de documentação de veículos.
“Com a implantação da base a gente almeja sempre o aumento da sensação de segurança e para isso visamos reduzir os índices de criminalidade, principalmente aqueles que causam mais temor à comunidade que são os homicídios. Essa operação tem caráter preventivo, mas é claro que se flagrarmos pessoas portando drogas ou arma iremos exercer nossa função coercitiva, mas nosso objetivo principal é de prevenção porque entendemos que onde há a presença do estado, principalmente da sua polícia ostensiva, esse local não é propício à prática de delito. E esse é o objetivo primário”, explicou o capitão.
“O nosso objetivo secundário e também importante é que com a presença policial, a sensação de segurança naturalmente aumente. Já percebemos nesse primeiro ano que as pessoas já veem a presença do policial como uma presença amiga, que faz a comunidade se aproximar cada vez mais do exercício da cidadania”, concluiu.
Com informações do repórter Aldo Matos do Acorda Cidade

