
As audiências de instrução referentes à Operação El Patrón foram retomadas nesta sexta-feira (28) no fórum Desembargador Filinto Bastos, em Feira de Santana. A operação tem como principal alvo o deputado estadual Binho Galinha (PRD) que segue preso no Complexo da Mata Escura, na capital baiana.
A retomada da audiência ocorre após a suspensão dos trabalhos devido à ausência de uma testemunha de defesa, no caso o deputado federal João Carlos Bacelar, o Jonga Bacelar (PL). O depoimento de Bacelar deve ocorrer na próxima segunda-feira (1°).
Em junho passado, uma apuração do BN já indicava que Jonga Bacelar seria arrolado como testemunha de defesa. Outro deputado também seria indicado, caso de Adolfo Menezes (PSD), ex-presidente da Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA), que chegou a dizer que os deputados estavam sendo “reféns” de Binho Galinha pelo temor do avanço das investigações na Comissão de ética da Casa.
Outra testemunha é o tenente-coronel José Hildon Brandão Lobão, afastado do cargo de coordenador do Departamento de Polícia Comunitária e Direitos Humanos da Polícia Militar após a Operação Hybris, um desdobramento da El Patrón.
Inicialmente, 80 testemunhas foram intimadas no processo, três de acusação e 77 de defesa. As de acusação – no caso três delegados – já foram ouvidas. Atualmente, o processo segue com as oitivas das testemunhas de defesa.
A Operação El Patrón foi deflagrada no início de dezembro de 2023. Kléber Cristian Escolano de Almeida, o “Binho Galinha”, é apontado como pivô de uma organização criminosa que atua como milícia, prática de receptação, contravenção do jogo do bicho, extorsão, agiotagem, lavagem de capitais e outros delitos na região de Feira de Santana.
Neste mês, Binho Galinha voltou a ser réu após a Vara Criminal e Crimes Contra a Criança e o Adolescente da Comarca de Feira de Santana acatar uma denúncia do Ministério Público da Bahia (MP-BA). A acusação é de que o legislador chefia uma milícia com mais 10 anos de atuação na região de Feira de Santana.
O MP-BA afirma que a esposa do parlamentar, Mayana Cerqueira da Silva, teria “persistido” em atividade na organização criminosa, mesmo enquanto cumpria prisão domiciliar.
Fonte: Bahia Notícias, parceiro do Acorda Cidade
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