Com o objetivo de debater a acessibilidade das pessoas com deficiência, foi realizada nesta quarta (4) uma audiência pública no auditório do Colégio Modelo Luís Eduardo Magalhães, em Feira de Santana. O evento foi promovido pelo Conselho Municipal da Pessoa com Deficiência e contou com a participação de secretários municipais, diretores de órgãos e de entidades que atuam na defesa dessas pessoas.
A presidente do Conselho, Maria Gorete Carneiro Cerqueira, lamentou a pouca participação dos familiares e das próprias pessoas interessadas no debate. Segundo a coordenadora, ainda existem muitas barreiras a serem quebradas para favorecer as pessoas com deficiência. Ela citou como uma das ações para resolver a situação da locomoção dos cadeirantes, por exemplo, a construção de rampas. “Estamos precisando de uma ação junto ao Ministério para que a gente torne todos os prédios acessíveis aos cadeirantes”, afirmou.
Na opinião dela, as arquiteturas dos prédios são ultrapassadas e até mesmo pessoas que não têm deficiência, tem dificuldade para ter acesso. Outra dificuldade elencada por Maria Gorete é a falta de qualificação profissional. Mas ela cita que tem casos de pessoas que já estão qualificadas e não encontram oportunidade nas empresas. Segundo Gorete, há uma tentativa de se viabilizar cursos profissionalizantes para que essas pessoas tenham acesso ao mercado de trabalho.
De acordo com Maria Gorete, Feira de Santana tem 184 mil pessoas com deficiência. Os dados que ela apresenta são do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia Estatística) e ela faz um questionamento: “Onde estão essas pessoas?”. A coordenadora tem dúvidas se os dados são ou não verdadeiros. Ela disse que tem se esforçado através de entidades para fazer um cadastramento das pessoas com deficiência, mas não tem obtido êxito.
Além de representantes do Conselho Municipal, participaram da audiência pública Ebenezer Tui, que é secretário de Transporte e Trânsito, Georgeton Rios, representando a secretaria de Desenvolvimento Econômico, entre outras autoridades.