Feira de Santana

Após decisão judicial, projeto dos precatórios vai ser colocado em votação na Câmara Municipal

Com a decisão, a Câmara está obrigada a seguir a determinação judicial, sob pena de multa de R$ 10 mil por dia em caso de descumprimento.

Após decisão judicial, projeto dos precatórios vai ser colocado em votação na Câmara Municipal Após decisão judicial, projeto dos precatórios vai ser colocado em votação na Câmara Municipal Após decisão judicial, projeto dos precatórios vai ser colocado em votação na Câmara Municipal Após decisão judicial, projeto dos precatórios vai ser colocado em votação na Câmara Municipal
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Foto: Paulo José / Acorda Cidade

O Tribunal de Justiça da Bahia determinou que a Câmara Municipal de Feira de Santana inclua, em regime de urgência, o projeto de lei sobre a antecipação dos precatórios do Fundef na pauta de votação. A decisão foi tomada pelo desembargador Cássio José Barbosa Miranda, que negou recurso da Casa Legislativa nesta quinta-feira (28). A presidente da Câmara, vereadora Eremita Mota, informou que o projeto será colocado em votação.

Com a decisão, a Câmara está obrigada a seguir a determinação judicial, sob pena de multa de R$ 10 mil por dia em caso de descumprimento. O projeto de lei visa a regulamentação da antecipação dos precatórios do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento do Ensino Fundamental e de Valorização do Magistério, destinados ao pagamento de professores da rede municipal.

No último dia 19, o juiz Nunisvaldo dos Santos, da 2ª Vara de Fazenda Pública, concedeu liminar determinando à presidente da Câmara, que colocasse o projeto em votação no prazo de três dias. O pedido foi feito pelo vereador José Carneiro Rocha, líder do governo na Câmara, por meio de mandado de segurança.

No agravo de instrumento, os advogados da Câmara argumentaram que a decisão de primeira instância feria prerrogativas do Poder Legislativo e apontaram supostas irregularidades na tramitação do projeto. No entanto, o desembargador considerou que não havia elementos suficientes para justificar o efeito suspensivo da decisão anterior.

Em entrevista ao Acorda Cidade, a presidente Eremita Mota, afirmou que vai cumprir a determinação da justiça e vai colocar o projeto em votação. Ela comentou sobre o processo.

presidente da Câmara - Eremita Mota
Presidente da Câmara, vereadora Eremita Mota | Foto: Paulo José/Acorda Cidade

“Nós fizemos um comportamento que é normal e natural, levamos para a Procuradoria onde houve um agravo para encaminhamento ao Tribunal de Justiça. Então, a gente espera a resposta da Justiça, mas se a Justiça der favorável, nossa obrigação é cumprir, então nós vamos cumprir. Estamos agora na votação da LDO, hoje é a segunda votação. Logo, logo, estamos encerrando e aí vou me reunir aqui com os vereadores para vermos os próximos passos e adequarmos a votação”.

Segundo a presidente, ela nunca recebeu nenhuma punição da Justiça por não acatar decisões.

“Em todas as vezes, tivemos averiguações adequadas da Justiça e sempre cumprimos. Mas essa será a primeira que ele (o juiz) mandou cumprir, e quando mandou, nós cumprimos”, disse.

Eremita ainda explicou sobre o cumprimento da multa no valor de R$ 10 mil.

“Não (será aplicado a multa), porque enquanto você entra com o pedido, enquanto há a determinação da liminar, sim. Mas, como cabe à Câmara o recurso de agravo, a partir do resultado do agravo é que se começa a contar. Se a gente não cumprir, aí sim realmente tem a punição”, explicou ao Acorda Cidade.

Com informações do repórter Paulo José do Acorda Cidade

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