
A Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel) realizou um encontro com representantes do setor em Feira de Santana. O evento, que ocorreu na manhã desta quinta-feira (6), contou com a presença de empresários do segmento de alimentação fora do lar para discutir associativismo, empreendedorismo e os impactos da reforma tributária.
Em entrevista ao Acorda Cidade, o empresário Carlos Medeiros, representante da Abrasel em Feira de Santana, destacou que o objetivo do encontro é fortalecer as relações e o associativismo no setor, além de chamar a atenção para a necessidade de ampliar a representatividade junto ao poder público.

“Sabemos da necessidade de ter uma representatividade forte junto ao poder público para a gente estar desenvolvendo e fortalecendo o segmento, que é um dos que mais emprega na nossa cidade. Feira de Santana tem muitos restaurantes, bares tradicionais, e a gente precisa se unir cada vez mais para ter uma representatividade forte, e esse é o intuito do evento, não só em Feira de Santana, mas também em cidades próximas”, disse Carlos.
Aproximação
Apesar de estar sediado em Feira de Santana, o encontro reuniu empresários do segmento que atuam em cidades da região metropolitana da Princesa do Sertão. Segundo Medeiros, as parcerias são necessárias para fortalecer o segmento e criar o senso de coletividade.
“Eu falo muito o seguinte: ou você vai para o jantar ou você é o jantar. Então a gente precisa, na verdade, fazer parte dessa mesa, estar realmente fortalecendo o nosso segmento. É um grande convite que eu faço para todos os empreendedores, pequenos e grandes, que venham participar no dia a dia da Abrasel”, disse.
“Eu vejo claramente que é extremamente importante essa nossa defesa do segmento, a gente ter representatividade. É diferente você discutir um problema quando vai ao poder público como uma pessoa, um indivíduo isolado. Quando você vai como uma associação com 30, 40, 50 pessoas representando aquele segmento, você tem muito mais poder de influência e de mostrar realmente aquilo que o segmento precisa”, completou Carlos Medeiros.

Benefícios
Durante a entrevista, Medeiros fez questão de destacar as vantagens de se associar à Abrasel. Os membros da associação podem ter desconto na conta de energia elétrica e planos com tarifas reduzidas para maquininhas de cartão de crédito, exemplos de como o associativismo pode impulsionar os negócios.
“Na época da pandemia, se você não tivesse um trabalho forte numa associação como a Abrasel, você não teria conseguido vários benefícios, como a questão da folha salarial, que você pôde fazer de uma forma totalmente diferente. Você teve empréstimos praticamente sem juros para pagar a folha de pagamentos”, disse.
“Tudo isso só foi possível porque existia uma organização do setor que levou para o poder público o que estava se passando naquele segmento e quais seriam os pontos de melhora. Então é a mesma coisa, você tem os benefícios vigentes agora, mas o associativismo também é um ponto importante para problemas que podem acontecer”, complementou Medeiros.

Suporte
O contabilista Mauro Ricardo de Freitas Souza foi o responsável por dar uma palestra durante o encontro. O profissional contou à reportagem do Acorda Cidade que veio a partir do convite de Carlos Medeiros e que o conteúdo que ministrou estava ligado diretamente aos impactos da reforma tributária para o setor de bares e restaurantes.

“Nós vivemos num país onde a carga tributária realmente é muito elevada e recentemente tivemos a publicação da aprovação da Lei Complementar 214 de 2025, que altera toda a cadeia de impostos a nível de Brasil. Então a gente, enquanto contabilidade, está se desenvolvendo, participando de vários eventos no país, trazendo para os nossos clientes e para a população o que o empresário tem que fazer para se preparar para essa nova fase de reformulação de impostos no Brasil”, disse.
“É importante que o empresário, mais do que nunca, conheça realmente agora o preço dos seus insumos, os custos em relação aos impostos, para quem ele vai vender e de quem ele vai comprar. Com a reforma tributária, muda totalmente a forma de crédito de imposto. Antes o crédito era fiscal; com a reforma tributária, o crédito passa a ser financeiro”, complementou o contabilista.
Com informações do repórter Ed Santos, do Acorda Cidade
Reportagem escrita pelo estagiário de jornalismo Jefferson Araújo sob supervisão do jornalista Gabriel Gonçalves
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