Daniela Cardoso e Ney Silva
Um grupo de estudantes do bairro Rua Nova fez uma manifestação e interditou a Avenida Anchieta, conhecida como Avenida do Canal e a Rua Olímpio Vital, com queima de pneus, madeiras e outros materiais. A manifestação acabou impedindo o acesso de ônibus ao terminal central. A manifestação foi em protesto pela morte do cabeleireiro Joseilton de Jesus Moreira, 24 anos, que foi assassinado a tiros no último dia 16 na porta de casa.
Uma viatura do Corpo de Bombeiros foi acionada e inicialmente liberou a Avenida do Canal e limpou a via. Mas o terminal ainda continuou fechado, pois os moradores continuaram o protesto no acesso dos ônibus.
Devido a manifestação, uma longa fila de ônibus se formou ao longo da Avenida do Canal, em direção a Rua Tomé de Souza e os veículos que vinham pela Rua Olímpio Vital, estavam entrando no primeiro retorno em frente ao terminal e pegando os passageiros no meio da rua, o que gerou reclamação dos passageiros, que disseram que os motoristas estavam demorando de abrir as portas para que eles entrassem nos veículos.
O irmão da vítima, Alex de Jesus da Conceição, disse que o objetivo da manifestação foi descobrir a razão pela qual o cabeleireiro Joseilton de Jesus Moreira foi assassinado. Segundo Alex, a vítima era honesta e trabalhadora. “Queremos saber a autoria desse homicídio. Estamos aqui juntos, unidos, não tem um líder. Compramos a camisa e estamos aqui nessa manhã de domingo”, disse.
Alex contou que por volta de 1h da manhã de domingo, homens encapuzados chegaram e mandaram o irmão dele e um vizinho deitarem no chão e o assassinaram. Segundo ele, o irmão não tinha passagem pela polícia e não tinha inimigos. “Ele era trabalhador, todos estão de prova. Era um homem bom”, afirmou.
Após a chegada da equipe do Acorda Cidade, os manifestantes encerraram o protesto e foram embora. O Corpo de Bombeiros apagou as chamas, retirou o material que estava na entrada do terminal central, permitindo o acesso dos ônibus.