Saúde

Ar-condicionado do HGCA está quebrado e pacientes da UTI correm risco de infecção, diz médico

O médico reclamou ainda da falta de materiais, medicamentos e profissionais, que, segundo ele, gera um atendimento precário no hospital.

23/03/2014 09:00

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^{Laiane Cruz}

Desde a última quinta-feira (20), o Hospital Geral Clériston Andrade, em Feira de Santana, está com ar-condicionado central quebrado. Por conta disso, os pacientes internados na Unidade de Tratamento Intensivo (UTI) correm o risco de ter o quadro agravado devido à proliferação de bactérias, segundo informou um médico intensivista que está de plantão na unidade.

De acordo com o plantonista, que preferiu não se identificar, ao chegar na UTI ontem (22) para trabalhar, foi informado que desde a quinta-feira o ar apresentava problemas, e por conta disso vários pacientes tiveram agravamento da febre. Segundo ele, até este domingo havia 10 pacientes em tratamento no local.

“Em um ambiente de UTI, em que os pacientes estão ali internados, vários deles com infecção, a temperatura alta do ambiente faz com que as bactérias se multipliquem e piorem a situação do paciente, levando-o a ter febre e outras intercorrências”, explicou o plantonista.

Ele informou que já comunicou o fato ao chefe do plantão, o qual entrou em contato com os responsáveis pela manutenção, mas foram informados que somente a partir da próxima segunda-feira (24) eles poderiam tomar alguma providência.

“Enquanto isso, os pacientes ficam lá sofrendo e a equipe fica também exposta a pegar infecções. Eu vou continuar assistindo os pacientes, tratando a febre, tentando usar o antibiótico que tiver na unidade para tentar melhorar o pacientes, e aguardar as providências na segunda-feira, já que o hospital do porte do Clériston Andrade não tem nenhum tipo de suporte de manutenção nos finais de semana”, disse o plantonista.

O médico reclamou ainda da falta de materiais, medicamentos e profissionais, que, segundo ele, gera um atendimento precário no hospital. “Quem chega à unidade com um quadro mais grave precisa ter um atendimento mais ágil, mas infelizmente a superlotação e a quantidade pequena de funcionários acabam prejudicando o paciente”, acrescentou.

As informações são do repórter Ed Santos do Acorda Cidade.

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