Feira de Santana

Após protestos, moradores da Queimadinha formam comissão para reivindicar melhorias

Eles vão agendar um encontro com o prefeito José Ronaldo e solicitar soluções para a comunidade.

Ney Silva
 
Depois de dois protestos seguidos, um pela manhã e outro a tarde que entrou pela noite desta quinta-feira (22), os moradores do bairro queimadinha decidiram, depois de uma reunião com o vereador Beldes Ramos (PT), formar uma comissão. Eles vão agendar um encontro com o prefeito José Ronaldo e solicitar soluções para a comunidade.

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Eles reivindicam melhorias para o sistema de esgotamento sanitário porque várias ruas do bairro, entre elas a Rondônia, e todas as transversais estão cheias de lama e lixo. A água e o esgoto invadem os imóveis e danificam móveis e eletrodomésticos.
 
 
A vendedora ambulante Adriana Sousa Santos, que mora em um beco da rua Espírito Santo, fica com a casa toda alagada. A situação é tão grave que ela vai dormir na casa da mãe. "Tenho que suspender sofá, geladeira e até a cama. Depois vou para a casa de minha mãe", afirmou.
 
 
Segundo a moradora, a água se acumula porque vem de retorno da lagoa do Prato Raso. Adriana explica que junto com a água da chuva, vem lama, fezes, lixo e insetos como baratas e larvas que grudam nos pés das pessoas. Ela lembra que como tem muitos ratos, existem riscos de se contrair leptospirose, doênça transmitida pela urina dos roedores.
 
 
A dona de casa Delza Caiar da Silva também sofre quando chove. Ela mora na rua Rondônia, uma das principais e mais problemáticas da Queimadinha. A casa dela fica constantemente alagada. Até o gato de estimação já sabe do problema e fica sobre o encosto do sofá. Ela não tem para onde ir e acaba dormindo em meio a lama fétida da rua que entra na casa.
 
 
O vereador Beldes Ramos do PT, solidário com a população foi conversar com os moradores para buscar uma solução. Depois de uma reunião com a comunidade, ele garantiu que vai agendar uma reunião com o governo municipal para tentar resolver as questões.
 
Segundo Beldes Ramos, além dos problemas relacionados a saneamento básico, a comunidade quer a instalação da Upa – Unidade de Pronto Atendimento no bairro. O prefeito José Ronaldo já anunciou que essa unidade de saúde vai ser construída ao lado da Santa Casa de Misericórdia.
 
Se não não houver uma solução, a população pretende organizar novos protestos fechando a avenida José Falcão da Silva.

Fotos: Ney Silva/Acorda Cidade