Após polêmica, Câmara debate modernização da Biblioteca Arnold Silva para conectar jovens à leitura

Espaços planejados para incorporar recursos digitais, ambientes interativos e novas metodologias para atrair o público jovem devem estar na proposta da Biblioteca Municipal Arnold Ferreira da Silva — atualmente em processo de reforma — para ampliar o acesso à leitura. As sugestões são do vereador Pedro Américo (Cidadania), que na sessão desta quarta (12), da Câmara Municipal de Feira de Santana, destacou a importância de repensar o modelo de funcionamento do equipamento para adequá-la à realidade digital.

Em seu discurso, o parlamentar esclareceu que nunca defendeu o fechamento ou substituição da Biblioteca, mas sim a criação de um ambiente mais moderno e dinâmico, com salas para leitura, coworking, atividades pedagógicas e inclusão de acervo digital. Segundo ele, o objetivo é tornar o espaço mais participativo e conectado à realidade de crianças e adolescentes. “A Biblioteca não pode ser apenas um depósito de livros, ela precisa dialogar com as novas tecnologias e com os hábitos de leitura da juventude”, explicou Pedro Américo.

O vereador informou que se reuniu com o prefeito José Ronaldo (União) e o secretário municipal de Cultura, Cristiano Lôbo, para discutir o tema. Na reunião, foi confirmado que não haverá permuta entre os prédios da Câmara Municipal e da Biblioteca Arnold Silva — hipótese levantada anteriormente em debate na Câmara. No entanto, ele reforçou que a questão central não é o endereço do equipamento, mas o modelo de funcionamento. “Não importa o CEP, mas a forma como a Biblioteca Municipal funciona, a permuta não vai acontecer, mas o debate que levantamos é fundamental”, afirmou o vereador.

Pedro Américo defendeu ainda que o planejamento cultural e educacional da cidade precisa considerar o futuro, com estratégias de longo prazo. Neste sentido, ele afirmou que negar a digitalização é “ignorar a realidade das novas gerações”, que já utilizam dispositivos eletrônicos como principal meio de acesso à informação. “A Biblioteca vai continuar lá, mas o método precisa mudar, porque queremos que os jovens queiram ir até ela”, pontuou.

Outros vereadores manifestaram apoio às propostas. Para Galeguinho (União), a sociedade vive uma transformação digital e é preciso atualizar os espaços públicos de leitura para esta nova realidade. Lu de Ronny (PV) afirmou que compreendeu a intenção do colega e concorda que o desafio está em tornar a Biblioteca mais dinâmica e atrativa. Já Pastor Valdemir (PP) destacou a importância de discutir o desenvolvimento de Feira de Santana, em geral, com visão de futuro, considerando projetos de médio e longo prazos.

Com informações da Câmara Municipal de Feira de Santana

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