
Após algumas audiências de negociação frustradas, a APLB Sindicato e Secretaria Municipal de Educação de Feira de Santana chegaram em um acordo em relação ao pagamento de valores pendentes da época da pandemia de Covid-19.
De acordo com a presidente da APLB, a categoria aceitou receber o valor total de R$ 16 milhões parcelado em 10 vezes. O valor será dividido entre cerca de 1.300 profissionais.
Os cortes na época variaram entre 20, 50 e 70% para cada trabalhador. Desde então, a APLB vem tentando o ressarcimento da dívida. De acordo com Marlede, os cálculos indicam uma dívida de R$ 51 milhões contabilizando os juros. Desde tentativas de negociação anteriores, a prefeitura vem propondo o pagamento de R$ 16 milhões.
Na manhã desta quinta-feira (13), em reunião com a presença da APLB e do secretário de Educação, Pablo Roberto, as partes chegaram ao combinado do pagamento.

“Todos sabem que nós temos um processo de cinco anos e meio contra o governo municipal que em 2020, em plena pandemia, cortou salários dos professores. Hoje podemos dizer que foi uma grande vitória da nossa entidade na defesa da categoria.”
Marlede reafirmou que considera uma vitória, pois de acordo com a gestora, o prefeito do governo anterior, Colbert Martins, chegou a negar a existência da dívida.
“O governo sempre negou essa dívida com os trabalhadores. Uma vitória da categoria, da unidade da classe trabalhadora, e a gente provou para o governo que realmente houve. Quando Colbert várias vezes disse na imprensa: ‘eu não devo porque é hora extra, eu não devo porque é deslocamento’. E ficou provado que não era nem hora extra, nem deslocamento.”

O pagamento dos valores acordados começará a ser efetuado em janeiro de 2026. Cada professor receberá um valor diferente de acordo com a porcentagem dos descontos realizados em 2020.
“Agora é aguardar que chegue janeiro, porque os salários serão pagos durante 10 vezes. Também tem uma questão que ficou garantida, importante, os professores que trabalham no distrito, que estavam descontados 20%, como verba indenizatória, eles não terão desconto nem de imposto de renda, nem da previdência.”

Marlede reafirma que o período foi desafiador, tanto durante a luta para conseguir o ressarcimento, quanto na época dos descontos.
“Não foi fácil naquele momento, quando tivemos salários cortados, mas que possa se reparar esses prejuízos, porque os professores sofreram, penaram, passaram dificuldade. Tem professor endividado até hoje”, completou.
Com informações do repórter Paulo José do Acorda Cidade
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