Ambulantes que estavam no Parque de Exposições João Martins da Silva, na manhã desta terça-feira (19), criticaram a desorganização para o cadastramento dos comerciantes que devem trabalhar na 46ª Expofeira, que acontece de 7 a 14 de setembro.
Durante o Programa Acorda Cidade, da Rádio Sociedade News 102. FM, nesta manhã, um ouvinte relatou as dificuldades que os ambulantes têm enfrentado para conseguir realizar o cadastro. Eles informam que por muitas vezes, já estiveram na Secretaria de Agricultura e no Parque de Exposições, mas não encontraram nenhum responsável.
O recadastramento para quem trabalhou nos anos anteriores foi de 5 a 8 de agosto, presencialmente, no Parque de Exposições. Quem trabalhou nas duas últimas edições teve prioridade.
Segundo um ambulante relatou ao Acorda Cidade, desde o dia 30 de julho os trabalhadores tentam realizar o cadastro.
“A gente está aqui, eu estou desde o dia 30 e nada. Só fazendo a gente de cachorro, a gente pagando carro de aplicativo e eles fazendo a gente de cachorro.”
Segundo autra vendedora, que afirma que trabalhou no passado, os ambulantes estiveram na secretaria responsável, mas foram encaminhados para o Parque de Exposições, onde também não encontraram retorno.
Outra vendedora disse que tinha acabado de chegar da secretaria. Ela foi informada de que o secretário Silvaney Araújo e a equipe dele estariam no local da Expofeira, mas também não encontrou ninguém.
“Disseram que o secretário estava aqui e até agora o secretário não apareceu. Eu cheguei aqui de 9h para 10h.”
Teve gente que chegou mais cedo e ainda estava aguardando por volta das 11h30. “Sempre trabalhei aqui. Meu marido adoeceu, passou três anos na cama. Eu sempre trabalhei aqui com o DAM (Documento de Arrecadação Municipal). E agora nada. E eu estou esperando. 2015 trabalhei, sempre trabalhei aqui na Expofeira”, declarou outra vendedora.
Francine, que vende lanche, disse que conseguiu o ponto este ano, mas muitos trabalhadores que ela conhece não tiveram a mesma sorte.
“Tem muita gente aqui que não conseguiu o ponto. Não adianta dizer que não trabalharam, porque trabalharam sim. E eu estou aqui apoiando eles, porque assim como eu quero ganhar o pão, eles também querem ganhar o pão de qualquer jeito, porque eles precisam.”
Francine destacou ainda que falta sintonia, alinhamento entre a organização e os trabalhadores.
Josias Dias Nunes vende drinks. Ao Acorda Cidade, ele contou que chegou por volta das 6h, mas já havia ambulantes que chegaram ainda mais cedo.
“Tem gente chegando às 4h. Tem gente que dormiu ali na garagem. Até agora, sem solução. Eu já liguei para ele várias vezes, ele disse que era para a gente estar aqui às 9h, marcou comigo e até agora nada. Já liguei para ele duas, três vezes e aí não sei qual a solução que vai dar para a gente. O povo está dependendo dele. Só ele que deve resolver isso aí”, completou Josias.
O Acorda Cidade buscou respostas da Secretaria de Agricultura e aguarda o retorno.
Com informações do repórter Paulo José do Acorda Cidade
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