O programa Feira pela Alfabetização, é uma ação do governo municipal de Feira de Santana com o principal objetivo de melhorar a alfabetização no município. A iniciativa busca a elevação do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) que, de acordo com o secretário municipal de Educação, não está positivo.
“A legislação diz que a criança tem que ser alfabetizada até o segundo ano. Infelizmente os números que Feira de Santana apresenta hoje são ruins. Apenas 17% dos alunos que estão matriculados no segundo ano são leitores fluentes, 30% são leitores que estão em uma situação intermediária. Então é um número muito ruim”, declarou Pablo Roberto.
A alfabetização na idade certa é uma preocupação de nível nacional que envolve todos os setores da sociedade, afinal sem a fluência na leitura o aluno tem dificuldades para avançar para as próximas séries.
“Todos nós estamos acompanhando essa grande discussão que vem acontecendo no Brasil inteiro. Os governos dando uma atenção muito grande, envolvendo o judiciário, Ministério Público, sociedade civil para que nós possamos dar foco, colocar força no que diz respeito à alfabetização”, afirmou.
Durante entrevista ao vivo no Programa Acorda Cidade, o secretário afirmou que a prefeitura tem um papel diretamente ligado à alfabetização, mas que esse índice não pode ser transformado apenas pela escola.
“Nós temos um recorte de uma grande pesquisa nacional que nos diz o seguinte: aquela criança, aquele adolescente, que a família, o responsável matricula, que frequenta a escola, que acompanha a atividade, que acompanha a entrega das notas, que avalia a qualidade do atendimento na unidade escolar. Esses alunos estão aprendendo. Aqueles alunos que apenas, a família, o responsável faz a matrícula e deixa lá, esses estão ficando para trás”
A campanha nasce com a função de alertar e chamar a comunidade para ser mais participativa no ambiente educativo.
“Claro que a prefeitura conhece o seu papel, mas nós queremos contar com a sociedade civil organizada, com a família, com todo mundo. Não adianta a gente ficar apontando achando que a responsabilidade é só da prefeitura, que a responsabilidade é só do professor, se as outras pessoas também não entenderem que todo mundo pode ajudar”, disse.
A premissa do projeto Feira pela Alfabetização, surgiu com base em estudos feitos por assessorias que acompanham e aconselham o setor educacional.
“Nós temos aqui assessorias que nos acompanham, tem o Caminhos do Bem, temos o que cuida do Fundamental 1 e 2, temos a Fundação Bracel com a Fundação Itaú, que acompanha o ensino da educação infantil. Fomos convencidos por essas instituições de que nenhuma cidade que tem as características de Feira, e que apresenta o problema na alfabetização, não conseguiu virar a página apenas com esforço da prefeitura. Precisaríamos fazer uma atividade, um exercício, de envolver a sociedade também como todo. Então, nós lançamos a campanha”, explicou.
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