A novela Zona Azul: vereadores travam mais um debate sobre implementação do modelo de estacionamento em Feira de Santana

A sessão da Câmara de Vereadores de Feira de Santana nesta terça-feira (14) foi palco de mais um debate sobre a Zona Azul. A implementação do modelo, que é um sistema de estacionamento rotativo regulamentado em vias públicas, é defendida pelos parlamentares da base governista na Casa.

O vereador José Carneiro Rocha (União Brasil) afirmou que a implementação da Zona Azul é definida como uma questão de honra pelo prefeito José Ronaldo de Carvalho (União Brasil). Para o parlamentar, um dos pontos mais polêmicos é saber que colegas acreditam que o modelo pode ser implementado de maneira unilateral pela prefeitura, via decreto.

“Isso não é verdade, isso é impossível. A Zona Azul só pode ser instalada através de uma licitação pública, inclusive foi o ‘calcanhar de Aquiles‘ [ponto fraco] de governos passados, inclusive do próprio José Ronaldo, Colbert Martins, que tentou, junto à Bolsa de Valores, fazer uma licitação, mas não conseguiu”, disse o vereador.

A Zona Azul sai ou não sai ?

Carneiro adiantou que a prefeitura está trabalhando na elaboração de uma nova licitação para a implementação da Zona Azul no município. Ao Acorda Cidade, o parlamentar defendeu que o modelo é fundamental para o bom desenvolvimento do comércio da cidade, estimulando o ‘ir ao centro’ e coibindo práticas que podem ser consideradas abusivas.

“Nós sabemos que proprietários e gerentes de lojas chegam entre 6h30 e 7h, estacionam seus veículos e só saem às 19h. Então, o cidadão que chega na cidade para estacionar o seu veículo não encontra uma vaga. Pode-se observar que os estacionamentos privados em Feira têm crescido demais e a maioria deles, quando se chega [procurando estacionar], já está lotada”, disse.

“Então, eu acredito que o prefeito está tratando desse assunto com muito cuidado e, com certeza, vai encontrar a solução. Eu acredito muito, já passou da hora. Não tenho dúvida. A população precisa que isso seja implantado, e o comércio também, porque realmente quem chega no comércio para fazer uma compra não tem onde estacionar e aí, às vezes, deixa de comprar e vai embora”, concluiu José Carneiro.