Laiane Cruz e Ney Silva
A dona de casa Ana Lúcia de Souza Andrade está vivendo um drama familiar desde que deu à luz a pequena Ana Sofia Nascimento Andrade, no dia 25 de outubro, no Hospital da Mulher, em Feira de Santana.
A criança nasceu com cardiopatia congênita, uma alteração na estrutura do coração e dos grandes vasos, que afeta uma em cada 100 crianças enquanto o feto ainda está se desenvolvendo no útero. Por conta desse problema, a recém-nascida precisa de uma cirurgia cardíaca de urgência em um hospital de referência, mas até o momento, a família não conseguiu a regulação para Salvador.
“Nós estamos na maior dificuldade no momento é da regulação. Ana Sofia neste momento está estável, mas já teve parada cardíaca e parada respiratória. O cardiopata a partir do décimo dia começa a ter um quadro de paradas e ela já está apresentando esse quadro”, afirmou a mãe de Ana Sofia.
Ana Lúcia informou ainda que a doença foi detectada um dia após o nascimento. Neste mesmo dia, o médico solicitou a regulação para Salvador com extrema urgência. “O Hospital da Mulher não tem condições de manter a criança. Eles estão fornecendo aparatos médicos para mantê-la viva, mas não tem condições de garantir a vida dela.”
A mãe, que teme perder a criança a qualquer momento, diz que o setor de regulação informa que não tem vaga. Ela conta que não há mais condições de esperar. “Ontem ela teve uma parada e estava muito mole, não estava me respondendo. A enfermeira veio passou a mão nela, acordou, deu um banho, tentou despertá-la e logo após o médico chegou. A pressão do corpo dela já estava descendo, estava perto ontem pela manhã de nós perdermos ela. Estamos pedindo às autoridades que puderem nos ajudar, por favor, que nos ajudem”, implorou a mãe.
Ela afirmou que a advogada de uma ONG deu entrada no Ministério Público e agora está aguardando a decisão da Sesab. “Estamos esperando que seja batido o martelo, que seja assinado, para que os órgãos competentes lá em Salvador façam isso acontecer. Porque eu entendo que se a justiça assinar, o órgão tem que atender, porque chegando ao hospital competente a menina vai ser operada. Vamos passar por outras fases, mas a principal é que ela tenha o aparato cardíaco para ela não falecer aqui em Feira de Santana.”
