Andrea Trindade
Agentes penitenciários do Conjunto Penal de Feira de Santana, na manhã desta quarta-feira (8), mais uma operação de revistas nas celas da unidade prisional. A ação contou com o apoio de policiais militares da Companhia Independe de Policiamento Especializado (Cipe/ Litoral Norte) e da Companhia Independente de Polícia de Guarda.
A inspeção ocorreu nas celas do pavilhão 4 onde foram encontrados 25 celulares e vários microchips, além de sete armas artesanais, seis chunchos, e alguns papelotes de maconha.
Segundo a Secretaria de Segurança Pública, a revista foi realizada após a Polícia Militar apreender armas de grosso calibre, na terça-feira (7), com a mulher do presidiário, Reis dos Santos, o "Mo", que tentou subornar os policiais por telefone dentro da cela, para que a esposa fosse liberada.
Em entrevista ao Acorda Cidade, o diretor do conjunto penal, Capitão Allan Araújo informou que a revista deve ser feita pelo menos uma vez por semana para retirar o material proibido que entra no presídio ou que são fabricados pelos presos.
“A fabricação de armas artesanais é mais fácil compreender, porque o Conjunto Penal de Feira de Santana tem 36 anos e sua estrutura básica ainda existe. O que foram acrescidas na estrutura básica, foram suplementações de construções, e existem possibilidades de fazer essas armas cavando o concreto e retirando pequenas barras de ferros que ficam à mostra. Já as entradas de celulares é o grande impasse, o grande conflito que temos para controlar. Somos a maior unidade prisional da Bahia, e não conseguimos conter 100% da vigilância de forma 100% eficiente. Também não conseguimos controlar e fiscalizar o acesso de todas as pessoas que entram na unidade em dias de visita – cerca de 700 e 800 pessoas – e que devido a lei não podem ser tocadas ou despidas para entrar na unidade”, explicou o diretor.
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De acordo com o capitão Allan, uma revista também foi realizada ainda na terça-feira durante a prisão da esposa de Genivaldo, Josete de Oliveira Santos, 44 anos. Segundo o capitão Allan, uma outra revista motivada por este caso ocorreu ontem mesmo na cela do detento.
O presidiário assumiu ser o dono da droga e das armas e o uso do celular, que segundo ele, encontrou no ralo do banheiro, envolvido em vários preservativos. Também foram encontrados com ele dois dos oito chips, que o detento disse que estava junto com o celular quando o encontrou há cerca de dois meses.
Genivaldo foi levado para a delegacia de Tóxicos e Entorpecentes (DTE) onde foi ouvido e responderá criminalmente. A direção do presídio abriu portaria de apuração disciplinar pela Administração Prisional para apurar o fato.
Fotos: Divulgação/Seap
Com informações do repórter Aldo Matos do Acorda Cidade