Voleibol

Volta de Ricardinho tem reaproximação de 'irmão' Giba e fica sem pedido de desculpa5

Antes do retorno oficial ao ambiente da equipe, algumas conversas, telefonemas e mensagens de texto no celular. Mas nenhum pedido de desculpas.

Volta de Ricardinho tem reaproximação de ‘irmão’ Giba e fica sem pedido de desculpa5 Volta de Ricardinho tem reaproximação de ‘irmão’ Giba e fica sem pedido de desculpa5 Volta de Ricardinho tem reaproximação de ‘irmão’ Giba e fica sem pedido de desculpa5 Volta de Ricardinho tem reaproximação de ‘irmão’ Giba e fica sem pedido de desculpa5

Acorda Cidade

 

Os cincos anos de ausência de Ricardinho da seleção brasileira de vôlei foram marcados por um rompimento total entre jogador e elenco. Antes do retorno oficial ao ambiente da equipe, algumas conversas, telefonemas e mensagens de texto no celular. Mas nenhum pedido de desculpas. A volta foi confirmada com o início dos treinamentos no CT de Saquarema (RJ) nesta semana e tem uma reaproximação do levantador com o ‘irmão’ Giba.
 
“Eu e o Ricardo nunca tivemos problema nenhum. Sempre tivemos desavenças que acontecem entre dois irmãos. Realmente as cicatrizes ficam, mas elas se sanam. A cicatriz da minha canela também cicatrizou. Então, vamos para frente”, disse Giba, que se recupera de cirurgia após fraturar a tíbia da perna esquerda.
 
Ricardinho e Giba eram muito amigos nos tempos de seleção até o corte do levantador dois dias antes do início dos Jogos Pan-Americanos do Rio de Janeiro-2007 por problemas de relacionamento. Logo após o torneio, o camisa 7 chegou a pedir para o companheiro retornar, sem sucesso. A relação entre os dois, então, ficou estremecida. Mas eles dão sinais de reaproximação.
 
Giba foi o responsável por fazer a ponte entre Ricardinho e os jogadores da seleção brasileira. Os dois trocaram mensagens e telefonemas, principalmente porque o levantador estava receoso com o clima do elenco em sua recepção. Mas a relação não é a mesma de antes do corte, quando dividiam o quarto em viagens e concentrações. “Meu companheiro agora é Mario Júnior. O Giba está cinco anos com Sidão também. Mas com certeza a gente vai procurar um quarto do lado do outro, que é bater na porta”, brincou Ricardinho.
 
A reaproximação com o elenco tem ocorrido de forma natural, segundo os próprios envolvidos. Não houve um pedido de desculpas de nenhuma das partes após o corte em 2007. “A gente vai ter muito tempo dentro de avião e ônibus e período de treinamento nós dois [Ricardinho e Bernardinho]. Mas a sensação não é essa de pedir desculpa. É mostrar porque cada um está aqui, no dia a dia. Vale muito mais do que um pedido formal de desculpas. Não temos mais idade para fazer isso. Não acho que foi um erro de um lado . Foi dos jogadores, meu, do Bernardo. De deixar a coisa pegar um tamanho que não conseguia mais controlar. Na minha opinião, a gente deixou uma encrenca, um desgaste nosso andar e não conseguiu mais conduzir”, explicou Ricardinho.
 
O contato entre técnico e jogador praticamente não existiu até o ano passado. Um retorno foi ensaiado com a inclusão de Ricardinho na pré-lista da Liga Mundial, mas o levantador pediu dispensa para cuidar de sua mudança de volta para o Brasil. Desta vez, uma conversa pouco antes da final da Superliga selou a volta.
 
“Foi uma sensação muito boa. A gente realmente se olhou e sentou para conversar em um hotel em São Paulo. A gente falou muito sobre a Superliga, o time dele feminino, batemos um papo. Não somos muito de enrolação e vamos no ponto que tem que ser. ‘E , Bernardo?’. Ele respondeu: ‘é assim, assim, assim. Você quer?. Então, vamos voltar a trabalhar, o negócio é mostrar ali dentro, você sabe como é o esquema’. Foi uma conversa muito aberta”, contou o levantador.
 
No discurso coletivo, o corte de 2007 e os problemas de relacionamento ficaram mesmo no passado. As conversas foram focadas no presente e futuro. E os próximos passos da seleção brasileira são importantes. Ricardinho volta a vestir a camisa verde-amarela após cinco anos na Liga Mundial, que será disputada entre 18 de maio e 8 de julho. Depois, o foco do Brasil é a Olimpíada de Londres – a disputa do vôlei começa em 28 de julho e termina no dia 12 de agosto, justamente com a final masculina. "Vamos fechar uma coisa que estava aberta. Ganhando ou não [o ouro olímpico], vamos ter a convicção de que fizemos a coisa certa", analisou o levantador. As informações são do Uol.