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Líder em quatro provas do ranking brasileiro, baiana de 11 anos treina para 2020

A baianinha de sangue belga é um verdadeiro torpedo quando cai na piscina e, aos 11 anos, já mira as Olimpíadas de 2020

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A água pra ela é um diamante, mas as braçadas de Arícia Pérée se acostumaram a alcançar o ouro.  A baianinha de sangue belga é um verdadeiro torpedo quando cai na piscina e, aos 11 anos, mira as Olimpíadas de 2020. Pra isso, é manterpegada.

Na preparação para defender o tetra do Norte-Nordeste no mês de maio, em Fortaleza, ela terminou 2012 como líder do ranking brasileiro nos 100m, 200m, 400m e 800m rasos. E nos 50m, ela é a segunda melhor do país. Nada mal, ?

Um talento lapidado em seis anos de muito treino direcionado. Hoje com 1,60m e 50kg, Arícia entrou na natação para evitar o desenvolvimento de uma asma, que tinha rinite. Ali nascia uma paixão: “Costumo dizer a água é um diamante porque ela éjoia mais preciosa que existe”, define Péreé, que conseguiu o primeiro dos seus quatro títulos baianos com apenas 8 anos pra citar, ela jamais perdeu uma prova de estadual.

Um currículo que espanta o próprio treinador Rafael Spinola“Tenho 25 anos de profissão e nunca vi uma atleta como  ela. Nessa progressão, Arícia será uma das 100 melhores atletas do mundo em cinco anosÉ importante  ela ter prazer em nadarNão adianta forçar demaiscolocar uma criança dessa para nadar por exemplo 8 mil metros por dia. O volume não quer dizer qualidade”, entende Spinola.

Diferenciada, a pequena  nadadora leva uma rotina bem diferente das meninas da mesma idade. São duas horas de treino em seis dias da semana e,  diariamente, 4 mil metros percorridosApesar da pouca idade, tem acompanhamento de nutricionista.

Além de uma alimentação rica em grãos, legumes e alguns carboidratos, Arícia toma um suplemento alimentar elaborado a partir do seu exame de sangue. Portanto, nada de guloseimas como hambúrguer, refrigerante, chocolate… “Gostar eu até gosto, mas eu penso nas competições. Eu penso em baixar meus tempos e colocar meu nome na história”, diz com a consciência de gente grande.

Treino fora
Toda essa estrutura é bancada pelo ‘paitrocinador’ Stéphan Pérée, cônsul honorário da Bélgica na Bahia e ex-atleta da seleção nacional de natação do seu país. E o investimento não para por . No recesso de meio de ano da escola  no ano passado, Arícia passou 15 dias  na Davie Nadadoresna FlóridaEstados Unidos.  Um custo de R$ 3 mil para bancar o período de treinos, no qual ela fez avaliações físicas, técnicas, além de aula particular para definição de estilos.

Pérée conta a experiência: “Lá o treino é muito pesadomas depois ficou melhor. Filmaram como é meu estilo dentro d’água e entendi o que é nadar. Depois que voltei fiz baixar meus tempos”, revela a atleta do Cepe SalesianoPra se ter uma ideia, no Norte-Nordeste  ano passado, em Maceió, ela levou os 50 m com 29s98, três centésimos a mais que o campeão  masculino.

Em julho, tem mais uma viagem nos planos. No México, Péreé fará uma análise de biometria (estudo estatístico das características físicas ou comportamentais) e análise de lactato (fornece energia sem a presença de oxigênio) para definir as provas para as quais ela tem mais tendência.

Detalhes importantes para 2014, quando Arícia vai participar de seu primeiro Campeonato Brasileiroque tem provas a partir dos 13 anos. “Já penso no Brasileiro e quando coloco as fitinhas do Bonfim, amarro e peço para chegar nas Olimpíadas e ganhar”, projeta. Difícil duvidar  dessa joia rara da Bahia.      

As informações são do Correio.