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Jogador Adriano pagará R$ 110 mil por tiro disparado dentro de carro

Uma jovem foi ferida quando saía de uma boate no carro do atleta depois que ele atirou utilizando uma arma de um amigo que o acompanhava

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Acorda Cidade

 
 
A decisão ocorreu durante uma audiência de instrução e julgamento, no 9º Juizado Especial Criminal da Barra da Tijuca. O jogador tem até 48 horas para pagar R$$ 60 mil por danos morais e físicos, e R$$ 50 mil ao Hospital Barra D'Or, para onde ela foi levada depois do incidente. O valor da dívida com a unidade ultrapassava R$$ 110 mil, mas os advogados do hospital aceitaram diminuí-lo
 
No mês passado, o Ministério Público denunciou o jogador Adriano e o ex-policial militar Júlio Cesar de Oliveira por lesão corporal em razão do tiro que feriu um dedo da mão esquerda de Adriene Cyrilo Pinto, disparado dentro do carro do jogador, em dezembro do ano passado. A denúncia foi oferecida pelo promotor Márcio Almeida Ribeiro da Silva aoJuizado Especial Criminal (IX Jecrim) da Capital – Regional Barra da Tijuca
 
O caso aconteceu na Avenida das Américas, após Adriano e Júlio Cesar deixarem uma boate em Jacarepaguá acompanhados de outras quatro mulheres convidadas para irem até a casa do jogador. De acordo com a denúncia, Julio Cesar, que carregava uma arma de fogo registrada em seu nome, permitiu que ela fosse manuseada pelo atleta no interior do veículo.
 
Ainda segundo o MP, Adriano teria exibido a arma para os ocupantes do veículo, puxou o ferrolho da pistola, tirou o carregador com munições e entregou a arma nas mãos de Adriene. Na ocasião, a arma teria disparado acidentalmente e atingiu, com um único projétil, o dedo indicador da mão esquerda da vítima
 
Adriene sofreu lesões que resultaram na necessidade de reconstrução da falange do dedo indicador esquerdo, através de transplante ósseo, revascularização e diversas intervenções realizadas em duas cirurgias, segundo o MP. A denúncia foi feita uma semana depois que o ex-jogador do Flamengo não aceitou fazer qualquer acordo com a vítima numa audiência no Fórum da Barra. A audiência tinha o objetivo de promover uma tentativa de possível indenização à vítima. Na última vez que prestou esclarecimentos, em 19 de setembro, Adriene manteve as declarações de que Adriano estava no banco traseiro e manuseou a arma que estava no interior do veículo
 
Na ocasião, a estudante de moda afirmou chegou a voltar atrás em seu depoimento e confessou que ela mesma teria feito o disparo que feriu sua mão esquerda. A jovem acusava o jogador Adriano de ser o autor do disparo. O jogador negava, alegando que estava no banco do carona no momento do acidente. A versão de Adriano também era endossada pelas outras três mulheres e um amigo do jogador que estavam no veículo no momento do tiro. Um funcionário da casa noturna também confirmou que o então atacante do Corinthians estava no banco do carona. O laudo da perícia divulgado na época afirmava que não foram encontrados resíduos de pólvora nas mãos do jogador e da estudante de moda
 
O diretor do Departamento Geral de Polícia Técnico e Científica (DGPTC), Sérgio Henriques, alertou, em nota, no entanto, que havia uma fragilidade no teste e que os vestígios de pólvora não necessariamente seriam encontrados nas mãos de quem efetuou o disparo
 
Além de enfrentar o processo judicial, Adriano passa por uma crise na carreira. No mês passado ele disse que não treina mais no Flamengo. Em nota divulgada por sua assessoria, o jogador afirmou que tomou a decisão após conversar com amigos e familiares. Ainda segundo o texto, Adriano vai continuar treinando para voltar ao futebol em 2013. As informações são do Correio.