Após o anúncio, o novo presidente do Bahia, visivelmente emocionado, comemorou a vitória e afirmou que espera apoio da torcida para 'colocar o Bahia no seu devido lugar'.
7 de setembro de 2013. Após 83 anos de história, a torcida tricolor pôde, pela primeira vez, escolher, de maneira democrática, o presidente do clube.
O escolhido pela maioria dos torcedores (68%) foi Fernando Schmidt, que era apontado como favorito durante a campanha e vai comandar o clube em um mandato tampão até dezembro de 2014. A posse será realizada nesta segunda-feira, 9, às 20h, na Arena Fonte Nova, que foi palco também das eleições.
O novo presidente teve 3.300 votos, Antônio Tillemont terminou com 1.164 (23,6%) e Rui Cordeiro, com 468 (9,4%).
Na eleição do Conselho Deliberativo, a chapa 'Diga Sim ao Novo Esquadrão', de Fernando Schmidt, teve 72% dos votos válidos, enquanto a chapa 'Virada com Transparência', dos candidatos Antônio Tillemont e Rui Cordeiro, teve 28%. A composição final dos conselheiros terá esta proporção.
Emoção
Após o anúncio, o novo presidente do Bahia, visivelmente emocionado, comemorou a vitória e afirmou que espera apoio da torcida para "colocar o Bahia no seu devido lugar".
"É uma alegria muito grande voltar a presidir um time grande como o Bahia. É uma emoção muito grande. Estou muito emocionado. Mas temos que lembrar que é outro tempo, outro momento", disse.
Schmidt comentou que os primeiros passos da gestão serão dimensionar os problemas do clube e montar, junto com a nova diretoria, um planejamento.
Segundo ele, a nova diretoria deverá ser composta entre quatro e seis diretores e será apresentada segunda-feira. "Ainda não podemos revelar os nomes. Já existem também contatos com jogadores e vou buscar reforçar o time para sequência do campeonato", afirmou.
Os rivais reconheceram a derrota, parabenizaram o novo presidente e ressaltaram que este é um momento histórico. Ao final da apuração, eles se uniram a Schmidt no palco para saldar os torcedores no local. "Já sonhávamos com esse momento há mais de 18 anos. Estamos todos lutando pela democracia do clube e hoje (ontem) tivemos um grande exemplo", disse Tillemont.
"Heróis"
Jorge Maia, autor da ação que gerou a intervenção no Bahia, chegou à Arena Fonte Nova literalmente nos braços da torcida. "Tudo que eu sonhei com o Bahia, aconteceu. O Bahia como sempre é pioneiro. Primeiro campeão brasileiro em 1959 e agora mais uma vez campeão da democracia. Agora eu volto a acreditar no Bahia", declarou.
O pai de Jorge, Clóvis de Almeida Maia, sócio do clube há mais de 50 anos, também foi à arena para votar, mesmo com dificuldades para andar.O interventor Carlos Rátis, que tem status de ídolo da torcida, passou a noite no fórum para evitar a suspensão das eleições caso uma ação fosse movida. Rátis recebeu agradecimentos dos torcedores pelo trabalho realizado no clube.
"Fica bem claro que precisamos demonstrar que existem pessoas sérias. Os torcedores confiaram no trabalho da intervenção", disse, antes de complementar: "A chapa eleita vai encontrar muitas dificuldades para sanar os problemas. A situação financeira é difícil".
O governador Jaques Wagner chegou à arena por volta das 12h, acompanhado pela primeira-dama Fátima Mendonça. "A eleição direta, como é na política, é o melhor método para deixar aquele que é dirigente do clube refém de sua torcida", disse o governador.
Ídolos da torcida, como os ex-jogadores João Marcelo, Sandro, Osni e Bobô também foram votar e destacaram que este é um marco na história do Bahia. Os ex-presidentes Paulo Maracajá e Petrônio Barradas, que foi vaiado, também foram votar.
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