Entre os dias 21 e 27 de setembro, Feira de Santana recebe a primeira edição do Circuito de Vôlei Mulheres, iniciativa inédita que visa fortalecer o voleibol feminino no município e na região. O evento reúne mais de 60 atletas em quadra e busca não apenas incentivar a competição, mas também criar uma rede de apoio para mulheres atletas de diferentes idades e níveis técnicos.
O projeto é coordenado pela gestora do centro de treinamento Rô Oliveira, Rosângela Oliveira, que atua em uma academia no bairro Ponto Central e também mantém um núcleo no Clube dos Bancários. Segundo ela, a inspiração para criar o circuito nasceu da “força, coragem e determinação das mulheres” que se dedicam ao voleibol e desejam dar mais visibilidade à modalidade em Feira de Santana.
“Pensamos em um evento que desse luz para todas, que unisse técnica, jogo, alegria, fraternidade e força. Acima de tudo, queremos promover união e carinho entre as participantes”, explicou Rosângela ao Acorda Cidade.
O torneio reúne seis equipes formadas por 10 jogadoras cada. As idades das atletas variam de 12 a 64 anos, integrando gerações distintas do voleibol feminino. “São mulheres que começaram a jogar na escola, depois seguiram suas carreiras e, com os treinos no centro de treinamento, se sentiram motivadas a voltar para as quadras”.
Além das equipes locais, o circuito conta com convidadas da Universidade Estadual de Feira de Santana (Uefs), sob liderança da professora Marcela. A proposta é unir atletas experientes e iniciantes em torno do aprendizado, da diversão e da troca de experiências.
De acordo com Rosângela, o objetivo do evento vai além das disputas esportivas: “Queremos usar o esporte como instrumento social, deixando um legado para as novas gerações. O voleibol não é só físico, é também mental, social, cultural e emocional”.
Para a gestora, promover o voleibol feminino em Feira de Santana é um desafio, já que a modalidade possui pouca visibilidade na cidade. Ela defende que ações como essa podem estimular o interesse do público e atrair apoio do poder público e da iniciativa privada. “Não é apenas sobre jogar, mas sobre conviver e ressignificar vidas por meio do esporte”, afirma.
Rosângela também destaca o papel transformador e de empoderamento que o voleibol exerce sobre as mulheres. “O espaço da mulher é em qualquer lugar, inclusive nas quadras. O circuito foi idealizado e construído por mulheres, desde o planejamento até a execução. É uma forma de apresentar e disseminar a força feminina, estimulando outras mulheres a participarem”, concluiu.
Com informações do repórter Ed Santos do Acorda Cidade
Siga o Acorda Cidade no Google Notícias e receba os principais destaques do dia. Participe também dos nossos canais no WhatsApp e YouTube e grupo de Telegram.