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O vice-presidente do Grêmio, o Preis, se manifestou pelo Twitter nesta terça-feira comentando o caso de injúria racial de torcedores tricolores contra o goleiro Aranha, do Santos, na última quinta. Ele atacou o jogador santista, dizendo que Aranha "encenou" que estava sendo ofendido para "fazer cera" e diminuir o ritmo da partida, vencida por 2 a 0 pelo time paulista.
"Sabem por que o árbitro não ouviu nem presenciou? Porque não houve. Foi tudo uma grande encenação do goleiro para fazer cera", escreveu o dirigente. As cenas de xingamentos contra Aranha não foram relatadas na súmula da partida.
Preis é um dos vice-presidentes do Conselho de Administração da gestão Fábio Koff. Ele chegou a ser presidente interino durante ausência de Koff, segundo o GloboEsporte.
A mensagem teve repercussão negativa e ele tentou se explicar depois.
"Estou em completa sintonia que a postura do Grêmio contra o racismo, teórica e prática. Não neguei a ocorrência de atos isolados, individuais que poderiam (ão) ser caracterizados como injúria racial. E como tal reprováveis. Mencionei matéria de ZH (jornal Zero Hora), na qual consta que o árbitro não viu nem ouviu atos racistas. Me senti autorizado a concluir que Aranha também não", escreveu.
O Grêmio será julgado pelo caso nesta quarta-feira pelo STJD e pode até ser excluído da Copa do Brasil.
Um dos ícones do ato de racismo contra o goleiro Aranha, a jovem Patricia Moreira só deve depor na quinta-feira. Flagrada chamando o atleta de "macaco", ela foi afastada do emprego na clínica odontológica que atende a Brigada Militar. As informações são do Correio.
