Colhendo os louros

Com acesso garantido e sonhando com título, presidente do Bahia de Feira faz balanço da temporada

Após vencer por 3 a 0 o Fluminense de Feira, ficou quase impossível disfarçar a alegria estampada no rosto dos jogadores do clube.

Bahia de Feira - Série B - Campeonato Baiano
Foto: Divulgação/Bahia de Feira

O Tremendão só tem motivos para comemorar. Depois que o Bahia de Feira garantiu o retorno para a Série A do Campeonato Baiano, com uma vitória por 3 a 0 em cima do Fluminense de Feira, ficou quase impossível disfarçar a alegria estampada no rosto dos jogadores e membros da comissão técnica do clube.

O resultado, que veio em um jogo emocionante realizado no último sábado (12) no estádio conhecido como Arena Cajueiro, é classificado como um reflexo de ações que foram tomadas dentro e fora de campo para garantir que o Tricolor Feirense retornasse à chamada elite do futebol do estado. Local que, para o empresário Jodilton Souza, presidente do grupo de empresas do qual o Bahia de Feira faz parte, o clube nunca deveria ter saído.

Jodilton Souza, presidente do Grupo Nobre
Jodilton Souza, presidente do Grupo Nobre | Foto: Paulo José / Acorda Cidade

“Nós não pressionamos a equipe na necessidade de vencer ou ter que subir. Nós fizemos eles verem a importância do Bahia de Feira voltar à primeira divisão e do investimento que foi feito. Em cima desse processo, nós disputamos uma competição com muito equilíbrio e isso fez com que o time, ao longo da competição, fosse ganhando força e qualidade”, disse Jodilton.

Arrumando a casa

O empresário classificou que o retorno do time à Série A do “Baianão” é fruto de uma conjunção de fatores. Jodilton lembrou que, assim que o Bahia de Feira caiu para a 2ª divisão do campeonato, tomou de imediato a decisão de fazer uma série de avaliações dos erros que foram cometidos naquela temporada, para que não se repetissem. Aliado a isso, a direção do clube concentrou esforços na parte técnica.

“A primeira coisa que a gente fez foi ver qual era comissão técnica ideal para que a gente pudesse montar uma grande equipe. O presidente Thiago Souza sugeriu que a gente trouxesse o João Carlos e nós fizemos contato com ele, que inclusive já tinha alguns contatos com outras equipes, mas ele se sentiu confortável com o carinho que tem pela família do Bahia de Feira e resolveu aceitar esse desafio, faltando cerca de 90 dias para a competição começar”, disse.

Thiago Souza, presidente do Bahia de Feira, confirmou que a escolha de João Carlos como treinador do Tremendão foi uma decisão estratégica, visando o perfil profissional dele, que se encaixou no que a diretoria queria imprimir diante do campeonato que se aproximava.

Thiago Souza, presidente do Bahia de Feira
Thiago Souza, presidente do Bahia de Feira | Foto: Paulo José / Acorda Cidade

“A condução do trabalho foi feita da melhor forma possível, culminando no êxito do nosso acesso ao retorno à elite do futebol baiano. A gente já tem muito tempo que milita no futebol, então muitos jogadores já passaram por aqui. E o formato para montar o elenco foi o de sempre. A gente sempre dá muita liberdade para o treinador que aqui estiver, para formar o elenco junto com a gente”, disse Thiago.

“Na verdade, as minhas opiniões são sempre mais em relação aos jogadores que por aqui passaram e deram certo. Para novos jogadores, é o perfil do treinador que no momento esteja aqui. E foi assim que a gente fez. Quando o professor João saiu da Juazeirense, no meio do Campeonato Baiano, a gente já fechou a sua contratação. Eu pedi para que ele não aceitasse outros trabalhos para que a gente pudesse estar observando esses atletas”, completou o presidente.

Rivalidade à flor da pele

Jodilton comentou sobre os confrontos diretos com o Fluminense de Feira ao longo do Campeonato Baiano Série B deste ano. O presidente do grupo que administra o Bahia de Feira reforçou que, desde o início do campeonato, sabia que as coisas não seriam fáceis, tendo em vista que, pessoalmente, reconhecia quatro equipes com possibilidades reais de classificação. Mas reforçou que futebol não se ganha apenas dentro de campo.

“Se ganha na organização, na disciplina, no planejamento. Eu acho que isso fez a diferença no Bahia de Feira. Acho que a estrutura que foi montada foi fundamental para que a gente chegasse à classificação. Evidentemente que foi com o Fluminense, mas poderia ser o Itabuna ou o Galícia. O futebol é circunstancial e depende de uma série de fatores, e acho que esses fatores levaram o Bahia de Feira a essa condição”, disse Jodilton.

Fluminense de Feira e Bahia de Feira
Foto: Reprodução/Redes Sociais

“Eu quero parabenizar o nosso grupo de atletas. A gente fez de tudo para blindar o nosso grupo, pedindo para que eles não dessem entrevista, limitando um pouco o acesso da imprensa lá, para que não trouxessem esse apelo emocional de fora das quatro linhas para dentro de campo, como a gente viu nos jogos. Então eu acho que nosso time teve um equilíbrio emocional muito grande e a gente sabe que, para ter êxito nas finais, esse equilíbrio é de extrema importância”, complementou Thiago.

Na análise do presidente Thiago, a expulsão que ocorreu durante o confronto com o Fluminense facilitou o trabalho do Tremendão. Para ele, o jogador do Fluminense foi muito imprudente em uma jogada que culminou na sua expulsão; aliado a isso, a pressão de enfrentar o clube dentro de casa favoreceu a construção de um cenário que facilitou o placar de 3 a 0.

Bahia de Feira
Foto: Reprodução / Canal da TVE no Youtube

“Nós temos um predomínio muito grande no nosso mando de campo. É só você ver: nesta segunda divisão estamos com 100% de aproveitamento. Foram todas as vitórias, foram várias goleadas. Então a gente sabe que faz muito o mando de campo. A partir do momento que, ali no final do primeiro tempo, o Fluminense tem um jogador expulso e a gente joga um segundo tempo quase todo com um a mais, sabíamos que poderíamos levar vantagem”, disse Thiago.

O jogo só acaba quando termina

De acordo com o chaveamento do campeonato, o Bahia de Feira enfrenta nesta fase final o Galícia, que passou no último domingo (13) pelo Itabuna, que vinha fazendo uma boa campanha na competição. Os dois clubes que disputarão o grande título de campeão nesta temporada, em jogos nos dias 20 e 27 de julho, já têm o acesso à Série A garantido. Mas é claro que levar a taça para casa é a cereja do bolo que marca as comemorações do retorno à elite.

“Nosso objetivo é o título, evidentemente. Título sempre marca a história de um clube, queira ou não queira. É a terceira participação da gente em uma competição de segunda divisão: a primeira vez foi com o Feirense, nós subimos; a segunda vez com o próprio Bahia de Feira, quando nós adquirimos, subimos; e agora a terceira, eu espero que seja a última”, concluiu Jodilton.

Com informações do repórter Paulo José do Acorda Cidade

Reportagem escrita pelo estagiário de jornalismo Jefferson Araújo sob supervisão 

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