Brasil se agiganta, derruba a Rússia e avança às semifinais no vôleiBrasil se agiganta, derruba a Rússia e avança às semifinais no vôleiBrasil se agiganta, derruba a Rússia e avança às semifinais no vôleiBrasil se agiganta, derruba a Rússia e avança às semifinais no vôlei
A estradaéassimmesmo, cheia de solavancos. No caminhoquelevaaoouroolímpico, nãodáparaexigirasfaltolisooutapetevermelho. E a seleçãofeminina de vôleisenteissonapele em Londres. Quatroanos antes, foiaotopo em Pequim e mudouseu status no cenáriomundial, mas a glóriapassadanãovemcarimbadanacredencialdestavez. Tudozerado, assimcomo as trombadasdaprimeirafasetambémzeramnaviradapara as quartas de final. E a InglaterraviuoutroBrasilnestaterça-feira. Vibrante, buscandocadaponto. E vencendo. Diante de umaRússia com metros e mais metros de braçoslongos, a equipeverde-amarelacaiu no primeiro set, ficouatrás de novo no terceiro, mas se agigantou. Ganhou de forma dramática no tie-break (24/26, 25/22, 19/25, 25/22 e um inacreditável 21/19), vingou a derrotanadecisão do Mundial de 2010 e engatou a sextamarcha. Próximaparada: semifinais, a doispassos do bicampeonatoolímpico.
O desafioque vale vagana final estámarcadoparaquinta-feira, contra o Japão, queeliminou a China em jogodramático no tie-break.
Foradaquadra, naáreadaslanchonetes, Gamovaestárepresentadanumaestátuagigante. MasZé Roberto játinhaalertadosobre o perigo de Goncharova, e foijustamenteelaquepuxou o ataquerusso no início do jogo. Naprimeirapausatécnica, a ponteirajátinhatrêspontos, e seupaísvenciapor 8/6. Mas era um outroBrasil em quadra, maisdisposto, maisatento, gritando a cada lance. Com duasdefesasdifíceis de Fabi, umapancadaça de Garay e um ataquedasrivaisparafora, o placarviroupara 10/8.
QuandoGarayatacouparafora, as brasileirasforamaodesesperoreclamando de um toque. Fabipulavafeitoloucanafrente do juiz, queadmitiu: a bola tinhabatidonatrança de umarussa. O espírito era esse: nenhumpontopara o outroladosairia de graça. E nasegundaparada, era o Brasilquevencia. No sufoco: 16/15.
Como RússiaéRússia, a vantagemtrocou de ladooutravez, e quandochegou a 21/19, ZétirouDaniLinsparacolocarFernandinha. Deucerto, e veio a virada. Mas o placar era umagangorra, e no desentendimentoentreFernandinha e Thaisa, a bola sequerpassoudarede, dandoàseuropeias o primeiro set point. DaniLinsvoltounahora e achouJaquelineparaexplorar o bloqueio e evitar o pior. Sheilla, quetantotinhafaladodas "ovas" navéspera, viuShashkovaacertar e, nasequência, cortouparafora: Rússia 26/24, 1 a 0 no jogo.
Sembaixar a cabeça, o Brasilmanteve a vibração no iníciodasegundaparcial. Naparadatécnica, respirava com certoconforto: 8/5. E o alívioviroudomínio em seguida, quando o placarpuloupara 13/7. Com doisbloqueiosimplacáveis, foi a 16/9, maiorvantagem de umadasequipesatéentão. Nãofoifácilsegurar a pressão, masfuncionou. Teveaté lance em que a bola quicounacabeça de umadistraídaGamova, àquelaaltura com "apenas" setepontos. Assim o Brasilchegouaofamoso 24/19, placarqueassombrou a seleção em Atenas, quandonãoconseguiufechar o jogo contra as própriasrussasnas semis. O fantasmadeuumapiscadapara o Brasil, e as rivaiscortaramtrêspontos. MasThaisavirou e espantou o susto: 25/22, tudoigualnapartida.
O terceiro set começou com um rali, e Jaquelineusoubem o bloqueioparacolocar o Brasilàfrente. O ritmocontinuoubom, e quandoThaisabloqueouparafazer 3/0, Fabi se pendurounelaparafestejar. Naparadatécnica, o placar era de 8/6, masZé Roberto nãoestavasatisfeito: "Temqueterpaciência", pediaàsmeninas. Eleestavacerto, porque a paciêncianãoveio, e a Rússiaviroupara 13/11. Nem o pedido de tempo em seguidaadiantou. A diferençachegou a trêspontosnasegundaparada: 16/13. Dali em diante, sódeuelas. Com umasuperioridadeimpressionante, o time de vermelho se impôs e, com um bloqueioduplo no fim, fechou o set em 25/19.
Veio o quarto set, e logo de cara um 3/0 para a Rússia. Quando fez o primeiroponto, o Brasilvibrou, mas o risco de dizeradeusaosonho do bicampeonatojádava as carasna Arena de Vôleilondrina. A vantagemchegou a 6/2 e obrigouZé Roberto a parar o jogo. A torcida, queandavatímida, apoiounatentativa de reação. E deucerto. O placar se equilibrou e, numacortadafuriosa de Thaisa, veio a viradapara 9/8. Nasegundaparadatécnica, as brasileiraslideravampordois. A diferençachegou a 19/16, evaporou em seguida, e voltou a ser de três. Thaisaaindadesperdiçou um saquenaredequantoteve o primeiro set point, mas o bloqueio de Fabiana e Garayfechou a tampa: 25/22.
Mantendo a confiançalá no alto, o Brasilabriu o tie-break fazendo 2/0. As russassentiram o golpe e chegaram a trombarnaquadra, numerroboboquejogou o placarpara 4/2. Ainda era cedoparafestejar, masZé Roberto puxavaosgritosàbeiradaquadra, e a vantagem se arrastavamagra, sofrida. Com Garayvoandonaponta, um refresco: 10/7. Poucodepois, Garayacertou a pancada de novo, e a bola foimuitodentro, mas a arbitragemdeufora, paradesespero do técnicobrasileiro, queinvadiu a quadraparareclamar. A tensãotirou o Brasil dos trilhos.
O placarchegou a ficarigualado em 13/13, e a Rússiateveseis match points. As guerreiras de amarelo
derrubaram um por um. E viraram. E festejaram. E fecharam um tie-break apertado, sofrido, dramático: 21/19.
Se a estradapareciameiotorta, de repente se endireitou. E desdeque a seleçãochegou a Londres, o sonho do bicampeonatoolímpiconuncaestevetão vivo. As informaçõessão do GloboEsporte
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