Olimpíadas de Paris

Ana Sátila avança para as quartas no caiaque cross em Paris: “Remar com amor, com força e entregar tudo”

Brasileira que conseguiu resultados históricos nesta edição de Jogos Olímpicos, segue em busca de mais uma final na canoagem slalom.

Ana Sátila avança para as quartas no caiaque cross em Paris: “Remar com amor, com força e entregar tudo” Ana Sátila avança para as quartas no caiaque cross em Paris: “Remar com amor, com força e entregar tudo” Ana Sátila avança para as quartas no caiaque cross em Paris: “Remar com amor, com força e entregar tudo” Ana Sátila avança para as quartas no caiaque cross em Paris: “Remar com amor, com força e entregar tudo”
Ana Sátila, da canoagem
FOTO: Gaspar Nóbrega/COB

O Brasil foi representado por Ana Sátila e Pedro “Pepê” Gonçalves neste domingo (4), nas eliminatórias da prova de caiaque cross, da canoagem slalom, no Estádio Náutico Água Branca, em Vaires-sur-Marne (FRA). A brasileira conseguiu uma descida limpa e, beneficiada por duas adversárias que acabaram se atrapalhando ao disputarem posição, terminou a sétima bateria do dia na segunda colocação, atrás apenas da francesa Angele Hug. Apenas duas atletas de cada uma das oito baterias avançaram para a próxima fase. Com isso, Ana volta às águas do canal nesta segunda-feira, 5, para a disputa das quartas de final.

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“No final foi tranquilo, mas até cruzar a linha de chegada é tenso. O cross é uma prova que tudo pode acontecer até o final. Eu tentei ficar muito focada, muito concentrada na minha remada. Eu coloquei na minha cabeça que não seria fácil, já que a largada aqui é bastante difícil se você não tem uma posição boa. Eu consegui isso no time trial, mas como fui para repescagem e voltei em 23º, sabia que ia ser difícil. Tentei baixar a cabeça e remar muito. E deu certo, acho que foi bacana hoje”, analisou uma sorridente Ana.

Nas quartas de final, Ana Sátila estará na quarta bateria, a última dessa fase, com Mallory Franklin (GBR), Angele Hug (FRA) e Viktoriia Us (UKR). As semifinais e a final serão disputadas no mesmo dia, sempre com os mesmos critérios de classificação: as duas melhores de cada bateria avançam de fase.

“Não tive nenhuma lesão e isso já me deixa muito feliz para amanhã. (Para as quartas de final) é a mesma estratégia: remar com amor, com força e entregar tudo que tenho nesse último dia de competição”, completou a canoísta, que em Paris 2024 já havia ampliado seu leque de feitos para a canoagem slalom do Brasil nos Jogos Olímpicos, com a quarta colocação no K1 e o quinto lugar no C1.

Pepê Gonçalves sofre pancada e se despede de Paris 2024

Pepê terminou a terceira bateria da eliminatória do caiaque cross na segunda colocação, mas acabou sendo penalizado por ter perdido a porta 2. Com a punição, o brasileiro acabou caindo para a quarta colocação, fora das quartas de final desta segunda-feira. O atleta de Piraju (SP) foi prejudicado por dois adversários: primeiro pelo japonês Yuuki Tanaka, que acabou acertando seu rosto com a embarcação, e depois pelo esloveno Benjamin Savsek, que empurrou o caiaque de Pepê para fora da linha da marcação.

Pepê Gonçalves
FOTO: Gaspar Nóbrega/COB

“No começo da prova, nas quatro primeiras remadas, tomei uma pancada muito forte na boca e no nariz do japonês. Perdi totalmente os sentidos, tentei lembrar a linha das balizas na minha cabeça, mas na hora que eu fiz o rolamento, perdi a noção de onde eu estava. Muita dor. Na remontada, o esloveno viu que eu não estava na linha correta, chegou agressivo e me virou. Tinha a esperança de ter passado a cabeça na baliza, mas nem me lembro direito onde eu estava nesse momento. Continuei a prova com muita dor e tentei terminar da melhor forma, terminei em segundo, mas não deu para avançar porque me deram uma falta”, analisou Pepê, acrescentando:

“Era a prova da minha vida, estava me sentindo muito bem. A galera fala que o problema é que no Brasil o esporte não é como um trabalho. E eu falo que é muito mais que um trabalho. Não são só 12h, são 24h, dormindo, acordando, comendo, tomando as decisões todas pensando no resultado. Eu fiz isso. Não quero pedir desculpas, quero agradecer a todo mundo que torceu, cada um que doou um pouco do seu trabalho para nós, o Comitê Olímpico, a equipe técnica, física, mental. Deixei tudo na água, até o sangue, mas, infelizmente, não foi dessa vez”.

Fonte: COB

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