
ALiveCareer, plataforma especializada em currículos e desenvolvimento profissional, acaba de divulgar os resultados do estudo “Relacionamentos no Trabalho“. Com base em uma pesquisa com mais de 1.100 profissionais, o relatório explora como amizades, envolvimentos amorosos e conflitos afetam o ambiente corporativo moderno.
Caso Coldplay: uma lição viral sobre os riscos de misturar trabalho e emoções
O recente escândalo envolvendo o ex-CEO da Astronomer e a diretora de RH da empresa – flagrados em clima íntimo no telão de um show do Coldplay, diante de mais de 120 milhões de visualizações – expôs o quão visíveis (e delicadas) podem ser as relações de trabalho fora do escritório. A cena espontânea reacendeu debates sobre ética profissional, privacidade e relações amorosas entre colegas.
O estudo da LiveCareer mostra que esses casos estão longe de ser exceções: eles refletem uma realidade bem mais comum e complexa.
Relações pessoais no trabalho: entre a afinidade e o conflito
- 94% fizeram amizades próximas com colegas.
- 75% já se envolveram romanticamente com alguém do trabalho.
- 74% já tiveram inimigos no ambiente profissional.
- 88% costumam socializar com colegas fora do expediente.
- 78% considerariam mudar de emprego se se apaixonassem por alguém da equipe.
Amizades: bem-estar e produtividade – mas com ressalvas
Benefícios percebidos:
- 83% afirmam que aumentam a satisfação e melhoram a comunicação.
- 81% dizem que fortalecem a confiança e a colaboração.
Mas também geram desafios:
- 79% acreditam que prejudicam o equilíbrio entre vida pessoal e trabalho.
- 77% acham que tornam a troca de feedbacks menos construtiva.
- 74% veem amizades como fonte potencial de distrações.
Romances profissionais: frequentes, intensos e com efeitos colaterais
- 75% já tiveram um relacionamento amoroso com colegas.
- 59% tiveram relações sexuais com alguém do trabalho.
- 67% conhecem alguém que traiu o parceiro com um colega.
- 76% aprovam relacionamentos entre colegas de trabalho.
- 75% acreditam que romances no trabalho podem gerar favoritismo.
Inimizades: um peso real no ambiente profissional
- 74% já tiveram inimigos no trabalho.
Consequências relatadas:
- Estresse (81%)
- Menor satisfação profissional (77%)
- Queda de produtividade (75%)
- Impactos negativos na vida pessoal (74%)
Diferenças geracionais e setoriais
Funcionários do setor educacional aparecem como os mais propensos a romances (93%) e inimizades (92%) no trabalho. Jovens profissionais e pessoas sem ensino superior tendem a ter visões mais céticas quanto aos benefícios das relações interpessoais no ambiente corporativo.
“No trabalho, ama-se, odeia-se, conspira-se e colabora-se. Não é uma série da Netflix – é vida real”, afirma a equipe da LiveCareer.
“O caso Coldplay nos lembra que o que acontece no trabalho raramente fica apenas lá. Entender a dinâmica emocional do ambiente profissional é mais necessário do que nunca.”
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